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Militares que morreram numa queda de um helicóptero homenageados por unidade da GNR

Imagem: DR
O quinto aniversário da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS) da GNR, comemorado hoje na Guarda, ficou marcado pela evocação dos cinco militares que morreram, em agosto de 2024, na queda de um helicóptero de combate a incêndios na Régua.
O sargento António Pinto, o cabo Pedro Santos, o cabo Daniel Pereira, o cabo Fábio Pereira e o cabo Tiago Pereira foram recordados e homenageados com um minuto de silêncio, mas também nos discursos da ministra da Administração Interna e do comandante nacional da UEPS.
“O acidente nunca apagará os seus nomes e os seus feitos. Juntos e unidos nunca deixaremos de lutar pelos valores pelos quais os nossos heróis deram a vida. A sua memória irá perdurar e inspirar futuras gerações de militares e agentes da Proteção Civil”, realçou a ministra Margarida Blasco.
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Já o major-general José Rodrigues considerou que a melhor forma de homenagear os cinco militares é “seguir em frente com a mesma dedicação e bravura”.
“E tudo fazendo para estar à altura do legado de sacrifício, abnegação, disponibilidade e profissionalismo que nos deixaram”.
O oficial fez também o balanço operacional de 2024, afirmando que o ano “trouxe grandes desafios operacionais, como os graves incêndios de setembro e os que fustigaram a ilha da Madeira, que mobilizaram amplamente os recursos da Unidade”.
“Mais uma vez demonstrámos ao país a nossa capacidade de resposta, o nosso profissionalismo e a força do nosso compromisso na proteção das pessoas e bens em condições meteorológicas extremas”, afirmou José Rodrigues.
Na sua intervenção, o comandante da UEPS revelou que a Unidade efetuou 10.648 patrulhas de prevenção e fiscalização, procedeu à verificação de 6.000 pontos de água com o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e os municípios, e realizou 49 ações de fogo controlado.
Foram também efetuadas 3.447 missões helitransportadas, “com uma taxa de sucesso superior a 90 por cento em ataque inicial” a fogos florestais, adiantou José Rodrigues.
A UEPS realizou ainda 552 missões terrestres, 15 das quais no âmbito do reforço nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), 75 ações de busca e resgate em todo o território nacional, sobretudo na Serra da Estrela, Peneda-Gerês e arquipélago da Madeira.
“Realizámos 302 missões com aeronaves não tripuladas, que prestam um apoio fundamental na defesa da floresta e na busca e resgate de pessoas, representando um aumento de 62 por cento em relação ao ano anterior”, revelou o responsável.
Para a ministra da Administração Interna, a UEPS é “uma força de prontidão, coragem e entrega. É a mais recente unidade especializada da GNR, é jovem de espírito, mas com uma firmeza e grande maturidade na forma de agir e atuar”.
“Cada intervenção, seja no combate a incêndios, no resgate em ambiente hostil, na ajuda às populações isoladas ou no apoio em catástrofes naturais, é um testemunho vivo daquilo que de melhor Portugal tem”, declarou Margarida Blasco.
Na cerimónia foram ainda incorporados os 52 militares do 4.º Curso de Emergência, Proteção e Socorro, ministrado pela UEPS, que receberam as respetivas boinas.
No âmbito das comemorações do 5.º aniversário da UEPS, está patente no semicoberto do Parque Urbano do Rio Diz, na Guarda, uma exposição estática de meios daquela Unidade.
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