A Associação dos Profissionais da GNR (APG/GNR) exigiu hoje a reposição integral do tempo em que as carreiras dos militares da GNR estiveram congeladas, uma vez que o Governo prometeu para estes profissionais uma solução idêntica à dos professores.
“Queremos o mesmo que os professores, foi isso que foi transmitido em várias reuniões com o Governo”, disse à agência Lusa o presidente da APG, César Nogueira, depois de o parlamento ter aprovado na especialidade a reposição total do tempo de serviço dos professores.
Em abril o Governo aprovou em Conselho de Ministros um diploma sobre o descongelamento das carreiras especiais que previa a recuperação de 70% do tempo de serviço dos militares da GNR, que segundo contas da APG, dá uma média de um ano e oito meses.
No entanto, o presidente da associação mais representativa da Guarda Nacional Republicana explicou que os militares da GNR também tiveram as carreiras congeladas durante nove anos, reivindicando por isso a reposição integral desse tempo.
Após a decisão do parlamento sobre os professores, César Nogueira sustentou que o diploma aprovado pelo Governo em relação às carreiras especiais “cai por terra” e terá de ser novamente negociado, tendo em conta que o Governo “sempre disse que a bitola para os militares da GNR seria os professores”.
A APG vai pedir ao Ministério da Administração Interna uma reunião para ser novamente negociada a contagem do tempo em que as carreiras estiveram congeladas.
César Nogueira disse ainda que será também pedido aos grupos parlamentares para que seja encontrada uma solução idêntica à dos professores.
O parlamento aprovou na quinta-feira, com o voto contra do PS e o apoio de todas as outras forças políticas, uma alteração ao decreto do Governo sobre a recuperação de tempo de serviço congelado aos professores, estipulando que o tempo de serviço a recuperar é de nove anos, quatro meses e dois dias, como era reivindicado pelos sindicatos.