Política

Militantes negam morte e dizem que CDS está vivo e recomenda-se

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 02-04-2022

Os militantes do CDS-PP presentes no 29.º Congresso refutam a ideia que “muitos” querem passar de que o partido está “morto e prestes a ser enterrado” e, garantem, está “bem vivo e recomenda-se”.

À entrada do Pavilhão Multiusos, em Guimarães, no distrito de Braga, onde este fim de semana decorre o 29.º Congresso do CDS-PP, os centristas ouvidos pela Lusa são unânimes: o partido “está aí e com futuro”.

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O CDS-PP, que não elegeu qualquer deputado nas eleições legislativas de janeiro, ficando afastado do parlamento pela primeira vez em 47 anos, “vai sem dúvidas regressar”, acreditam.

Com apenas 21 anos, dois de militância no CDS-PP e cinco na Juventude Popular (JP), Vera Damas considerou que convém que se lembre às pessoas, neste fim de semana em que o partido “é notícia”, que o partido está “vivo”.

“Depois da campanha feita nos últimos tempos sobre a nossa alegada morte é importante que, no fim de semana em que somos notícia, digamos que estamos vivos, é importante que o mundo lá fora saiba disso”, disse.

Vinda de Lisboa, Vera Damas acredita que Guimarães, cidade apelidada de “Berço de Portugal”, possa também ser o “berço de uma nova fase da vida do CDS-PP”.

Nem morto, nem em coma, o partido está “bem vivo e recomenda-se”, partilhou também Artur Bonfim, militante há 30 anos.

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Considerando que se fez “todo um filme” à volta do CDS-PP, o militante de Vila do Conde, no distrito do Porto, considerou que este “filme” não tem fim, mas sim como narrativa o “regresso à Assembleia da República”.

E, apesar de não se tratar de um filme, pipocas não faltam no Congresso do partido que, entre a entrada e a sala principal, tem uma carrinha de venda de pipocas onde se lê a mensagem “delicie-se com as nossas pipocas”.

Para Artur Bonfim, e filmes à parte, este é o congresso que vai legitimar “definitivamente” o que é o CDS-PP.

Se assim não fosse, acrescentou, não juntaria tantos militantes.

Também Joaquim Alves, de 74 anos, militante há quase 40, acredita que o partido tem “saúde”, mas que para ficar de “plena saúde” ainda vai levar algum tempo.

“Vai demorar algum tempo, mas vai ao lugar dele”, afirmou o centrista que se destacava pela gravata azul, a cor do partido.

Do Algarve para Guimarães, Joaquim Alves acha que a “Cidade Berço” pode ser uma “ajuda e um bom pressagio” para o partido.

Com alguma pressa, sobretudo para ver o CDS-PP “encaminhado”, Mariana Silva, de Lisboa, assumiu que falar de futuro é “sempre ingrato”, mas que enquanto houver pessoas a acreditar no partido o futuro está “garantido”.

“Tem futuro, sim”, reforçou a centrista de 24 anos.

O 29.º Congresso do CDS-PP reúne-se até domingo em Guimarães para eleger o próximo presidente do partido.

Esta reunião magna acontece dois meses depois das eleições legislativas de 30 de janeiro, nas quais o CDS-PP teve o pior resultado de sempre (1,6%) e perdeu pela primeira vez a representação na Assembleia da República.

O atual líder, Francisco Rodrigues dos Santos, que tinha sido eleito em janeiro de 2020, demitiu-se na noite eleitoral depois de conhecidos os resultados.

São quatro os candidatos assumidos na corrida à liderança: Nuno Melo (eurodeputado e líder da distrital de Braga), Miguel Mattos Chaves, Nuno Correia da Silva (ambos vogais da Comissão Política Nacional) e o militante e ex-dirigente concelhio Bruno Filipe Costa.

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