Uma das crianças mais pequenas de sempre foi submetida a um transplante de fígado a partir de um dador adulto. Depois de ter sido submetido a um segundo transplante que lhe salvou a vida no King’s College Hospital de Londres, Inglaterra, voltou para casa . Tudo graças à doação da sua mãe.
Os cirurgiões acreditam que, com apenas dez semanas de idade, em abril de 2022, Teddy Nicholls era uma das crianças mais pequenas a ter sido submetida a um transplante de fígado bem sucedido a partir de um dador vivo, o que foi possível graças à utilização de uma nova técnica cirúrgica pela equipa do hospital, anunciou o King’s College Hospital.
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Designada de transplante de fígado ‘Hitch-Vein Monosegment‘, a inovação significa que um fígado de um dador adulto – vivo ou morto- pode ser reduzido para ser utilizado com êxito para salvar a vida de bebés, uma vez que a alternativa era esperar por um fígado de um dador raro, falecido, de outro bebé pequeno.
O primeiro transplante salvou-lhe a vida, mas, mais tarde, foi considerado necessário que Teddy, com 21 meses, fosse submetido a um segundo transplante de fígado para aumentar o fluxo sanguíneo necessário à sua sobrevivência a longo prazo.
Foi nessa altura que a sua mãe, Emma, interveio para doar parte do seu próprio fígado, uma vez que não pôde doar da primeira vez tão pouco tempo depois de ter dado à luz.
Embora seja rara em bebés pequenos, a doação de fígado de dadores vivos pode ser efetuada por centros de transplante especializados do Serviço Nacional de Saúde (NHS) britânico graças à capacidade de regeneração do fígado.
Agora, tendo podido regressar a casa, em Cambridgeshire, apenas três semanas após o seu segundo transplante de fígado inovador que lhe salvou a vida, Teddy está a melhorar, tendo-se reunido com a sua mãe e o seu irmão de 5 anos, Theo, e o seu pai, Greg, mesmo a tempo do Natal.
A mãe de Teddy, Emma Nicholls, afirmou que estava “incrivelmente grata a toda a equipa do hospital, desde os médicos até às enfermeiras. Foram fantásticos ao cuidar do Teddy e de mim em todas as fases do processo. O facto de estarmos em casa e reunidos em família a tempo do Natal faz-nos sentir muito sortudos e gratos a toda a gente do King’s College Hospital“.
“Eu sabia que queria fazer tudo o que fosse possível para ajudar o meu filho e, enquanto família, estávamos tão gratos ao dador e à sua família, que salvaram a vida do Teddy com o seu primeiro transplante de órgãos, que não tive dúvidas em intervir quando necessário”, pode ler-se no Notícias ao Minuto.
Hector Vilca Melendez, cirurgião consultor de transplantes do King’s College Hospital NHS Foundation Trust, explicou estar “muito satisfeito por ver que o menino, graças à doação da mãe, tem a oportunidade de se desenvolver como seria normal para qualquer criança”.
“Ver o Teddy crescer desde o primeiro encontro logo após o nascimento, quando estava gravemente doente, até agora, que é uma criança feliz e vibrante de 21 meses, é um maravilhoso tributo à importância da doação de órgãos e ao fantástico trabalho da nossa equipa no King’s“, concluiu.
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