Desporto
Miguel Arsénio torna-se bicampeão e Patrícia Serafim conquista pódio feminino no Ultra Trilhos dos Abutres
Miguel Arsénio, repete o feito e torna-se bicampeão no Ultra Trilhos dos Abutres, enquanto Patrícia Serafim conquista a vitória no setor feminino. A “última dança” fez-se em três dias cheios de emoção, animação, muito público e bons trilhos repletos de lama.
Abutres que é Abutres é com lama, e esta edição cumpriu com a tradição, sendo que a “dança” começou no sábado, 1 de fevereiro, com 750 atletas no Ultra Trail Trilhos dos Abutres (50km), com Miguel Arsénio a fazer uma prova brilhante, com 4h54m, deixando que as disputas se fizessem apenas pelos 2º, 3º e 4º lugar.
Dário Moitoso e Marcelo Graça foram alternando o 2º lugar, mas o atleta Açoriano, da Furfor Running Project, acabou por recuperar a posição, assim como diminuir a distância que tinha do 1º lugar, terminando a prova a 4 minutos de Miguel Arsénio. Tal como na última edição, Marcelo Graça, do Clube Desportivo de Espite, fechou o pódio com 5h07m.
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Já no setor feminino, Patrícia Serafim, do Clube Desportivo de Espite, sagrou-se a grande vencedora, com 6h8m, com Ana Rodrigues, da Saca Trilhos Anadia, em segundo lugar, com 6h12m. O pódio feminino ficou fechado às 6h34, com a atleta oriunda de Espanha, da Team Extremadura Trail, Minerva Soler.
No Trilhos Abutres Jovem, prova para os escalões mais jovens, Afonso Simões, 1º lugar júnior, foi mesmo o primeiro a cortar a meta à geral, seguido de João Freitas, que se classificou como 1º geral masculino, e por Martim Fernandes, 1º lugar juvenil. O pódio geral masculino ficou completo com Licínio Silva e Emanuel Rocha, ao passo que o juvenil por Guilherme Martins e João Costa.
No setor feminino, Joana Fernandes, Sofia Costa e Natalina Almeida compuseram o pódio geral feminino, sendo que Margarida Duarte se sagrou campeã júnior, e no escalão juvenil foi Maria Marques que arrecadou o 1º lugar, seguida de Luísa Rodrigues.
O Trilhos Júnior José Godinho decorreu na tarde de sábado, na Quinta da Paiva, numa prova em parceria com a Abutres Trail Running School e que, para muitos, foi a primeira experiência no trail running. Com grande adesão por parte dos mais novos, todos demonstraram grande espírito de competição.
No domingo, dia 2, São Pedro deu o ar de sua graça e brindou os cerca de 900 atletas, distribuídos pelos Trilhos dos Abutres e pelo Mini Trilhos dos Abutres, com chuva, mas nada afastou estes bravos guerreiros que bailaram a um ritmo frenético pelos trilhos de Miranda do Corvo.
Na prova TA Trilhos dos Abutres (30km), a disputa dos 2 primeiros lugares do pódio, distaram em apenas 19 segundos, numa prova de incrível competitividade, com Rui Teixeira, da Escola de Atletismo de Coimbra, a aproveitar a sua experiência em estrada, para, no percurso final em asfalto, dar um avanço e cruzar a meta com 2h46m35s, seguido de Bruno Silva com 2h46m54.
O pódio masculino ficou fechado por Nuno Campos, colega de equipa de Bruno Silva na FurFor Running Project. Já no setor feminino, Paula Soares, da Saca Trilhos Anadia, foi a grande vencedora, com 3h38m, seguida da sua colega de equipa Sara Pedrosa, com 3h43m, e de Patrícia Carreira, do Clube Desportivo de Espite, a fechar o pódio com 3h45m.
Na “dança” dos MTA Mini Trilhos dos Abutres (20km), o top 3 ficou preenchido por José Vieira, da EDV Viana Trail, com 1h55m de prova, seguido de João Ferreira, da Airorun, que cruzou a meta passados 2 minutos, e, em terceiro Marcelo Gonçalves, da GDR Granja – Trutas do Mar, com 2h01m. Nas mulheres, o lugar cimeiro foi para Inês Gomes, da FurFor Running Project, com 2h25m, seguindo-se Inês Marques, da Team HG – ALMSport, com 2h30m, que regressa aos trilhos após uma ausência prolongada devido a lesão. Karen Mendes repete o terceiro lugar conquistado na última edição, com 2h33m, melhorando o seu tempo em 7 minutos.
Com condições meteorológicas típicas de um Trilhos dos Abutres, a lama, a chuva e o nevoeiro deram um toque ainda mais místico a esta “dança”, que foi brindada com a presença massiva de público ao longo dos trilhos, potenciado pelo ritmo de festa do grupo local Bombos & Tombos.
No final, a certeza que os atletas e o público têm um carinho especial pelo Trilhos dos Abutres, assim como por Miranda do Corvo, com vários elogios, na linha da meta, ao percurso e à organização, tanto no que se refere à beleza dos trilhos, quanto à dureza e tecnicidade daquela que é considerada por muitos, uma das mais mediáticas provas nacionais de Trail, e que tem como pano de fundo as belas Aldeias do Xisto.
De salientar o regresso do épico e tradicional prémio finisher que, “O Abutre” depois de um ano de ausência, voltou para dar mais um “pé de dança” com todos os que cruzam a linha da meta e que, assim, podem juntar mais um abutre à sua coleção.
Quando a 2026, há que esperar pela música proveniente da nova direção da Associação Abutrica, e fazer figas na expectativa de podermos todos voltar a estar juntos em próximas danças.
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