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Mercado Abastecedor de Coimbra com redução de compradores

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 15-04-2020

O Mercado Abastecedor de Coimbra (MAC) regista uma redução do número de compradores de produtos hortofrutícolas, mas o volume de vendas não apresenta “uma queda significativa”, informou hoje o administrador executivo.

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O administrador executivo do MAC, Nelson Lopes, disse à agência Lusa que “o encerramento de restaurantes e espaços similares”, devido à pandemia da covid-19, “teve um impacto negativo no negócio dos operadores”.

No entanto, adiantou, “verifica-se que os compradores que possuem ou abastecem os espaços tradicionais de retalho estão a aumentar as suas compras diárias”.

“Já nas empresas do setor da logística e distribuição, o quadro é significativamente pior. Com o encerramento de milhares de lojas comerciais, verifica-se um abrandamento no movimento diário das viaturas das empresas deste setor”, referiu.

Num conjunto de respostas escritas a questões colocadas pela agência Lusa, Nelson Lopes descreveu a atual situação da empresa gestora do MAC, que “apenas tem registado perdas resultantes da diminuição do movimento de viaturas da portaria”.

Cerca de 130 empresas funcionam no Mercado Abastecedor de Coimbra, em Taveiro, criado há 25 anos para comercialização de frutas e vegetais.

“Dentro das possibilidades da sociedade, temos tentado dar todo o apoio às empresas que aqui estão instaladas. Alguns são nossos clientes há vários anos e, naturalmente, temos de estar ao lado deles neste momento difícil”, disse.

Até ao momento, segundo o administrador executivo, “ainda não se verificou nenhuma alteração nas empresas que diariamente desenvolvem atividade” dentro do complexo comercial.

“No entanto, verificámos a suspensão de algumas negociações que estavam em curso para a instalação de novas empresas. Caso não exista no futuro uma continuidade dessas negociações, somos forçados a adiar investimentos que estavam planeados”, declarou Nelson Lopes.

Como “medida de prevenção dos concessionários”, os espaços de restauração foram encerrados antes de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter decretado o estado de emergência.

“Também desde a primeira hora, implementámos no MAC um plano de contingência que, além de várias ações de sensibilização junto dos utilizadores (…), definimos uma sala de isolamento, vários procedimentos internos e reforçámos a higienização diária dos espaços comuns”, salientou.

Entre outras medidas de sensibilização, a administração recomendou aos utentes “uma maior utilização da central de lavagem de embalagens”.

“De forma a reduzir a concentração de pessoas dentro dos edifícios de comercialização de produtos hortofrutícolas, alargámos o horário de venda do Mercado, que passou a funcionar de segunda a sexta-feira, entre as 17:00 e as 24:00, e faseámos a entrada de compradores”, acrescentou.

O MAC teve de reforçar a equipa de vigilância e “fazer alterações ao nível dos serviços administrativos”, segundo o mesmo responsável, que realçou ter havido “uma compreensão exemplar por parte de todos os utilizadores”.

Em média, são transacionadas naquele espaço mais de 120 mil toneladas de produtos hortofrutícolas.

“No que diz respeito à cadeia alimentar, verificamos que está a funcionar com normalidade. No entanto, caso esta situação de saúde pública se mantenha durante muito tempo, receamos que possa existir alguma dificuldade na importação de frutas tropicais e alguma perturbação na produção nacional, provocada essencialmente por alguma falta de mão-de-obra no setor agrícola”, anteviu Nelson Lopes.

O conselho de administração do MAC deixou um apelo “para o consumo de produtos locais e para a aquisição de produtos junto do comércio tradicional”.

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