Coimbra
Menção honrosa para “Imagens que Guiam” do Machado de Castro e APPACDM de Coimbra
Os projetos “A Rainha das Rosas”, “90 Segundos de Ciência” e “Biblioteca Humana” foram hoje distinguidos, em Lisboa, com os Prémios Acesso Cultura 2018, por boas práticas na área da acessibilidade cultural, anunciou a organização.
A cerimónia da entrega dos galardões, da responsabilidade da Acesso Cultura – Associação Cultural, decorreu na Casa Fernando Pessoa, em Lisboa, onde também foram entregues quatro menções honrosas.
Os prémios, aos quais concorreram 27 candidaturas, distinguem projetos nas áreas da acessibilidade social, integrada, intelectual e física.
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O Prémio Acesso Cultura – Acessibilidade Integrada foi entregue à Associação de Pais das Escolas da Freguesia de Cortes, de Leiria, e ao Centro de Recursos para Inclusão Digital da Escola Superior de Saúde do Politécnico da mesma cidade, pelo projeto que criou o livro “A Rainha das Rosas”.
O livro “A Rainha das Rosas” é “exemplo de como a vontade de que todos tenham acesso pode criar um projeto que é transversal, que assegura que crianças com características diferentes podem acompanhar a mesma história”, considerou o júri do prémio.
Igualmente importante neste projeto “é o envolvimento das crianças na construção do livro”. “Não é só exemplo de acessibilidade integrada hoje, como o é na preparação de um futuro mais capaz e atento”, na opinião do júri.
O Prémio Acesso Cultura – Acessibilidade Intelectual foi entregue a António Granado, Joana Lobo Antunes e Paulo Nuno Vicente, pelo projeto “90 Segundos de Ciência”, por permitir a descodificação dos conteúdos e o acesso à informação.
“Fá-lo de modo amplificado, não se detendo a um equipamento cultural, a um território definido, mas sendo transmitido a nível nacional e estando disponível na Internet. Este é um projeto que não só quebra barreiras de aproximação à cultura científica, como estimula a curiosidade e a descoberta, objetivos centrais na acessibilidade intelectual”, na opinião do júri.
De acordo com a Acesso Cultura, as barreiras intelectuais “são as barreiras mais amplas e mais menosprezadas e impercetíveis para todos os não entendidos”.
O Prémio Acesso Cultura – Acessibilidade Social foi entregue à Biblioteca Municipal de Marvila pelo projeto “Biblioteca Humana”, porque “se assume como um trabalho alargado e muito meritório, que promove a proximidade e quebra as barreiras do preconceito e do isolamento, pelo que, sendo tal o cerne dos propósitos da acessibilidade social”.
O júri atribuiu ainda quatro menções honrosas, nomeadamente, na área da acessibilidade integrada, ao Museu Nacional de Machado de Castro e à Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão com Deficiência Mental (APPACDM) de Coimbra, pelo projeto “Imagens que Guiam”, porque “constitui uma forma de trabalhar a acessibilidade de um modo consistente e alargado”.
Na área da acessibilidade social, outra menção honrosa foi para a Associação Cultural Teatro Meia Volta e Depois à Esquerda Quando Eu Disser, pelo projeto “O Público Vai ao Teatro”, porque desenvolve “soluções estratégicas na criação de sinergias entre o sector cultural e o público, promovendo de forma inovadora o acesso e o desenvolvimento do pensamento crítico de novos públicos”.
Na área da acessibilidade física, a menção honrosa foi para o Museu das Marionetas do Porto, porque “permite a qualquer cidadão, em igualdade de oportunidades, usufruir de forma autónoma dos espaços públicos”.
“Este projeto destaca um trabalho autoral artístico e tem como premissa criar de forma autónoma, dentro das suas possibilidades, acessibilidade a todos, independentemente da sua condição. As estratégias implementadas refletem o esforço para encontrar soluções, mesmo perante barreiras inevitáveis, criando desta forma um espaço sensível à mudança, com acesso à áudio-descrição e língua gestual, contribuindo para potencializar a mudança de mentalidades face aos agentes culturais”, justifica o júri.
A Pele – Espaço de Contacto Social e Cultural conquistou uma menção honrosa na área da acessibilidade social, pelo “esforço consistente na eliminação das barreiras sociais, independentemente das suas características”.
O júri dos prémios foi composto por Cecília Folgado, da área da comunicação cultural, Diana Bastos Niepce, bailarina e coreógrafa, e Francisca Carneiro Fernandes, gestora cultural.
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