Portugal

Meios voltam a ser reforçados com menos aviões do que previsto

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 01-06-2023

O dispositivo de combate a incêndios rurais volta hoje, dia 1 de junho, a ser reforçado pela segunda vez este ano, passando a estar no terreno 11.761 elementos e 52 meios aéreos, menos oito aeronaves do que em igual período de 2022.

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Numa resposta enviada à agência Lusa, a Força Aérea Portuguesa refere que o dispositivo de combate a incêndios rurais vai contar a partir de hoje com 52 meios aéreos, esclarecendo que estão a decorrer formalidades relativas à contratação de 20 aeronaves que vão entrar ao serviço ao longo de junho.

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“À data de hoje [quarta-feira] decorrem processos de contratação ou formalidades conexas relativamente a 20 meios aéreos. Estes entrarão ao serviço ao longo do mês de junho à medida que esses processos vão sendo concluídos”, precisa a Força Aérea, dando também conta que até quarta-feira estiveram disponíveis para o combate 28 aeronaves.

A Força Aérea garante que as entidades envolvidas estão a trabalhar para dispor de mais meios aéreos este ano face aos 60 do ano passado.

A Diretiva Operacional Nacional (DON), que estabelece o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) para 2023, apontava para o período de 01 de junho a 30 de setembro 72 meios aéreos, significando que hoje vão estar operacionais menos 20 aeronaves do que as inicialmente previstas e menos oito do que em igual período de 2022.

O Governo tem justificado esta situação com a falta de meios aéreos no mercado devido à guerra na Ucrânia.

Para o período de hoje e até dia 30, denominado ‘nível charlie’, vão estar no terreno 11.761 operacionais, que integram 2.550 equipas e 2.585 viaturas dos vários agentes presentes no terreno.

Em relação ao mesmo período do ano passado, haverá mais 1.108 operacionais, mais 26 equipas e mais 158 veículos.

Entre os meios, a DON prevê, para este período, cerca de 6.471 elementos de bombeiros voluntários, 221 operacionais da Força Especial de Proteção Civil e 1.784 da GNR, além dos 1.784 operacionais do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), nomeadamente os sapadores florestais.

No âmbito do DECIR está já em funcionamento a Rede Nacional de Postos de Vigia da responsabilidade da GNR que é composta por 77 postos de vigia para prevenir e detetar incêndios.

Os meios de combate voltarão a ser reforçados a 01 de julho até 30 de setembro – ´nível delta´-, naquela que é considerada a fase mais crítica de incêndios e que mobiliza o maior dispositivo, estando este ano em prontidão 13.891 operacionais, 3.084 equipas, 2.990 veículos, além dos 72 meios aéreos previstos.

Segundo a DON, os operacionais envolvidos este ano no dispositivo de combate aos incêndios rurais aumentaram 7,5% em relação a 2022.

Dados provisórios do ICNF indicam que, desde o início do ano, deflagraram 3.406 incêndios rurais, que atingiram 8.521 hectares, 66% dos quais referente a matos, 66% a povoamentos florestais e 4% a terrenos agrícolas.

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