Médicos criticam desfavorecimento e incoerência na atribuição de vagas para Medicina Geral e Familiar

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 08-09-2017

A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) considera insuficiente o número de vagas, atribuídas à região Centro, para especialistas de Medicina Geral e Familiar (MGF) e crítica a falta de coerência na sua atribuição.

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“As vagas atribuídas à região Centro são claramente insuficientes face às necessidades locais. Estamos a falar de mais de uma dezena de especialistas que fica a faltar que, consequentemente, resultará em muitos utentes sem médico de família atribuído” afirma Carlos Cortes, Presidente da SRCOM.

A SRCOM alerta ainda para a falta de coerência na atribuição das vagas. “É incompreensível que a região Centro tenha formado três vezes mais especialistas em MGF do que as vagas que lhe são atribuídas. Esta atribuição deveria ter em consideração o número de aposentados, o número de recém-especialistas formados na região e as reais necessidades locais. Com os números que agora se tornam públicos tudo leva a concluir que há claramente uma falta de coerência nesta matéria e uma falha no cruzamento de dados”, acrescentado ainda que “há casos que são ofensivos. Um desses é o da zona do Baixo Mondego, onde se formaram este ano 25 internos em MGF, aposentaram-se 12 especialistas e é apenas atribuída 1 vaga. Não existe vontade do Ministério da Saúde para resolver a falta de profissionais de saúde da região e este é mais uma demonstração de total desconhecimento das necessidades regionais”.

“O impacto negativo desta falta de coerência, para a região Centro, será tremendo e com consequências diretas e crescentes junto dos doentes que ficam sem o acompanhamento de médico de família.  Mais do que promessas é necessária uma ação concreta”, conclui a SRCOM.

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