Médicos
Médicos confessam que se dão mal com a Prescrição Eletrónica
Noventa e um por cento dos médicos assume que os computadores têm impacto drástico nas consultas e mais de setenta por cento confessa que já perdeu informação importante do paciente, obrigando, neste último caso, a repetir todos os procedimentos informáticos.
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Estas são algumas das conclusões do inquérito efetuado pela Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos para aferir o impacto das aplicações informáticas dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) no dia a dia da prática clínica, designadamente nas consultas e na prestação de cuidados aos utentes. São os médicos de família quem mais responde ao inquérito (89,8 por cento).
Dos resultados do “Questionário de Avaliação da Satisfação e Qualidade das Aplicações dos SPMS”, apenas 13 por cento dos inquiridos acredita que as aplicações são fiáveis e estáveis.
Mais: 82, 1 por cento aponta problemas com o hardware e 93 por cento declara problemas com acesso à internet. “Já não basta a carga burocrática que atualmente esmaga os médicos, retirando-lhes tempo para o que é mais importante: tratar dos doentes. Estes resultados são chocantes”, declara o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes.
Para debater estes problemas, amanhã, dia 16 de fevereiro, decorre a sessão de esclarecimento“ Prescrição Eletrónica Médica: Desafios do Médico de Família”, pelas 21:00, na Sala Miguel Torga (Av. D. Afonso Henriques, 39, Coimbra) da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos.
A sessão contará com as intervenções do Presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos – Carlos Cortes, Presidente do Conselho de Administração dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) – Henrique Martins, do Coordenador nos SPMS – Alfredo Ramalho, do Gestor de Projeto nos SPMS da Receita Sem Papel – António Alexandre, da Médica de Família na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados Fernão de Magalhães e membro do Conselho Regional do Centro da Ordem dos Médicos – Inês Rosendo e da Médica de Família na Unidade de Saúde Familiar Trevim Sol (Lousã) – Marília Pereira.
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