O Executivo Municipal da Mealhada distinguiu hoje, numa sessão solene comemorativa do Dia do Município, 15 coletividades concelhias com a Medalha de Mérito Municipal.

Executivo municipal acompanhado de António Gravato, presidente da Fundação Mata do Buçaco no momento da entrega do diploma relativo à plantação do azevinho
A distinção foi acompanhada de um “prémio” de 5 mil euros. Pela primeira vez, o Município assinalou o feriado com uma sessão evocativa na qual foram distinguidas coletividades que se destacaram pela relevância da sua atividade, antiguidade ou continuidade em diversos setores, da Cultura à Educação, do Desporto ao Apoio Social e à Proteção Civil.
Rui Marqueiro, presidente da Câmara da Mealhada, sublinhou, na cerimónia que a homenagem “é entidades privadas, mas cujo trabalho é claramente de interesse público no município e fora dele”. Foram três as entidades homenageadas na área Social: o Centro de Assistência Paroquial de Pampilhosa, a Santa Casa da Misericórdia da Mealhada e a Casa do Povo da Vacariça. No setor do Desporto, os eleitos foram o Hóquei Clube da Mealhada, o Grupo Desportivo do Luso, o Futebol Clube da Pampilhosa e o Grupo Desportivo da Mealhada. Na Cultura, receberam a distinção o GEDEPA – Grupo Etnográfico de Defesa do Património e Ambiente da Região de Pampilhosa, a Filarmónica Lyra Barcoucense 10 D’Agosto, a Filarmónica Pampilhosense, o Rancho Folclórico e Etnográfico de São João de Casal Comba e o Grupo Regional da Pampilhosa do Botão.
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Presidentes da direção e comandantes das corporações da Mealhada e Pampilhosa, duas das entidades que receberam as Medalhas de Mérito Municipal
Na área da Proteção Civil, foram galardoadas as duas corporações de bombeiros do concelho, Mealhada e Pampilhosa, e no setor da Educação foi distinguida a Escola Profissional Vasconcellos Lebre. A sessão contou ainda com a intervenção da Professora Doura Maria Alegria que recordou a origem religiosa deste feriado, que comemora a Ascensão de Jesus aos céus, neste caso com no ponto mais alto, o monte do Buçaco, com a tradicional romaria.
À sessão, que decorreu no edifício dos Paços do Concelho, seguiu-se a plantação de uma árvore na Mata Nacional do Buçaco, um gesto simbólico, que traduz a preocupação com a replantação daquela Mata.
O gesto foi acompanhado de um outro que foi o anúncio, por parte do presidente da Câmara da Mealhada, Rui Marqueiro, do fim da edição massiva impressa do Boletim Municipal, que, até final do mandato, irá evitar o abate de cerca de 70 árvores. Acresce a este benefício ambiental um outro, de ordem financeira, que é o da poupança de cerca de três mil euros anuais.
Na opinião de Rui Marqueiro, “muito mais do que poupar 70 árvores até ao final do presente mandato autárquico, o que o Município pretende, com esta decisão que reputa desde logo de pedagógica, é dar um sinal claro de preocupação pela defesa da floresta e do meio ambiente, sensibilizar os portugueses para a necessidade de prosseguir boas práticas ambientais e lançar o repto a todos os autarcas para, também eles, tomarem semelhante medida – aqueles que ainda a não tomaram, obviamente – e/ou outras do género”.

Rui Marqueiro, presidente da Câmara da Mealhada, acompanhado de Daniela Esteves, presidente da Assembleia Municipal , e do restante executivo
O fim da edição em papel do Boletim Municipal da Mealhada, que passará a ser distribuído em todas as plataformas online da Câmara e por e-mail, mereceu rasgados elogios da parte da QUERCUS – Associação Nacional de Conservação da Natureza.
O presidente daquela que é a maior organização ambiental portuguesa, João Branco, diz que não podia deixar de apoiar a decisão do Executivo mealhadense. “Tudo o que sejam medidas conducentes à redução do consumo de recursos – neste caso, madeira, energia, água e produtos químicos -, é bem-vindo e deve ser enaltecido”, afirma o líder da Organização Não Governamental de Ambiente (ONGA). “Exorto, por isso, os responsáveis pelos restantes [308] municípios portugueses a seguirem o bom exemplo da Mealhada. Se todos fizessem o mesmo, seria uma excelente notícia para a floresta portuguesa”, afirmou o presidente da QUERCUS. Recorde-se que se todos os municípios portugueses poupassem 70 árvores com o fim da edição em papel dos seus boletins informativos, isso representaria, até ao final do atual mandato autárquico, uma poupança de 21.560 árvores.
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