Região

Mealhada, Luso e Bussaco são destinos apetecíveis para nómadas digitais

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 15-10-2022

O Luso, com a mais valia da Mata do Bussaco, tem todas as condições para ser um destino apetecível para nómadas digitais de todo o mundo. Quem o afirma é Gonçalo Hall, criador da Digital Nomad Association, que esteve no Luso a apresentar o impacto desta nova forma de trabalho remoto nos territórios.

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Gonçalo Hall partiu do exemplo do projeto de nomadismo digital já implementado na Madeira, concretamente na Ponta do Sol, para explicar as vantagens e impactos que os nómadas digitais podem trazer às comunidades. “Com este projeto, a Ponta do Sol, desconhecida para o mundo, passou a estar referenciada em mais de 200 publicações mundiais. Com um investimento de 35 mil euros, o Governo Regional conseguiu impactos de milhões de euros. É isto que queremos fazer no resto do território”, sublinhou.

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Para o conseguir, Gonçalo Hall conta com trunfos que o país apresenta: a cultura, a gastronomia, a segurança, o clima e o sentido de comunidade. “O sentido de comunidade é muito importante. O nómada digital não é um turista. É alguém que quer ter a sensação de pertença, de integração na comunidade. E é por isso que a criação de uma comunidade e integração com os residentes é muito importante”, destacou. 

“É fulcral a existência de uma estrutura social em que seja fácil para o nómada digital estar e ter acesso a eventos. É preciso construir uma infraestrutura pensada e dedicada para os hábitos destas pessoas, que passa não só pelos espaços de trabalho, bem como atividades focadas e orientadas para estas comunidades. Os nómadas movem-se muito entre comunidades e não tanto entre destinos. Os espaços de co-work são importantes, a questão do alojamento específico de mês a mês, que é o alojamento de médio termo, também é importante. Mas acima de tudo é a proatividade para criar uma comunidade”, sublinhou.

Hugo Silva, vereador da Câmara Municipal da Mealhada, afirmou o interesse do Município em integrar esta rota do nomadismo digital.  “Este é o pontapé de saída para acolher e contribuir para que o nomadismo possa ter desenvolvimento sustentado no nosso território e na nossa região. Assumimos que é importante ter uma oferta diferenciada que permita que outros públicos possam viver o nosso território e que nos ajudem a torná-lo mais visível”.

“Do ponto de vista do emprego, da produção intelectual e do trabalho, a digitalização da economia progrediu na pandemia, mas só faz sentido com espírito de comunidade e aqui acreditamos ter trunfos para sermos atrativos para esta nova classe profissional de nómadas digitais”, destaca o autarca.

 

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