Coimbra
Mealhada comparticipa tratamentos nas Termas do Luso
A Câmara Municipal da Mealhada deliberou, por unanimidade, na reunião do Executivo Municipal de dia 1 de junho, a aprovação de uma medida de incentivo ao termalismo terapêutico e à revitalização da vila de Luso enquanto destino de referência no Termalismo e Turismo de Saúde e Bem-estar.
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A autarquia vai comparticipar os tratamentos termais, em cerca de 90 euros (referentes à consulta médica e taxa de inscrição termal), de todos os utentes das Termas de Luso que tenham essa necessidade justificada através de prescrição médica e por um período mínimo e ininterrupto de uma semana.
Esta iniciativa da Câmara Municipal vem reforçar a aposta na dinamização da estância termal do Luso enquanto destino turístico de saúde e bem-estar e, sobretudo, promove o desenvolvimento económico desta vila, que se encontra ancorada, precisamente, nas suas termas.
A alteração nas características dos utilizadores das termas, que tem sido sentida de há uma década para cá, obrigou as estâncias termais a reinventarem-se. No Luso, não foi diferente. A MALO CLINIC TERMAS LUSO, que nasceu da parceria entre a MALO CLINIC e a Sociedade da Água de Luso, surgiu com o objetivo de reabilitar as termas, efetuou um avultado investimento na requalificação do balneário – que passou a ter condições de excelente qualidade quer a nível nacional, quer internacional – e apostou em relançar a marca Termas de Luso neste competitivo mercado.
Todavia, a crise económica, a perda de poder de compra por parte da franja de população que mais recorre a este produto (população sénior e reformados), bem como a eliminação da comparticipação dos tratamentos termais pelo Serviço Nacional de Saúde em 2011, deixaram o setor termal numa situação delicada, com a diminuição expressiva de aquistas a decair há mais de uma década a nível nacional. Apesar dos investimentos realizados pela MALO CLINIC TERMAS LUSO, o termalismo terapêutico não conseguiu ainda alcançar a dinâmica do passado e isso tem-se refletido no desenvolvimento económico e social da vila de Luso.
Tendo em conta essa situação e sabendo que as Termas de Luso são a âncora do desenvolvimento económico da vila – funcionando o produto termalismo como um pólo dinamizador da atividade económica local, à volta da qual se agregam e desenvolvem atividades complementares, como alojamento e restauração, entre outras – a Câmara Municipal da Mealhada decidiu intervir.
“Decidimos que a Câmara Municipal vai substituir o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e vai comparticipar os programas termais de todos os utentes que tenham prescrição e necessitem de uma semana ou mais de tratamentos”, adiantou ontem o presidente da Câmara Municipal da Mealhada, Rui Marqueiro, em conferência de imprensa. “Os clientes das Termas de Luso são vitais para o desenvolvimento económico da vila. Eles são também os clientes dos hotéis, dos restaurantes, dos cafés, das lojas etc.”, argumentou ainda o autarca, sublinhando que “a partir de hoje, existe esta comparticipação”.
A Câmara Municipal vai passar a comparticipar os tratamentos termais – no segmento terapêutico, de prevenção e reabilitação – de todos os utentes que reúnam os seguintes requisitos: necessitem desses tratamentos durante um período mínimo e ininterrupto de uma semana e provem essa necessidade com uma prescrição médica. A comparticipação rondará, em média, os 90 euros por pessoa, o que corresponde à consulta médica e à taxa de inscrição termal. Ficou ainda estipulado que o montante máximo a despender pela Câmara Municipal da Mealhada com esta medida será de 63 mil euros/ano.
“Quero felicitar a Câmara Municipal e o senhor Presidente por esta medida. Desde o início do mandato, sempre mostrou vontade em ajudar a recuperar este produto que tanto contribui para a dinâmica da estância termal de Luso. A verdade é que em Portugal cerca de 50% das estâncias termais são geridas por municípios, o que as torna muito mais competitivas e dificulta a vida às restantes”, afirmou o administrador da MALO CLINIC TERMAS LUSO, Sérgio Franco, concluindo: “Com esta ajuda, vamos ser mais competitivos. Queremos que as pessoas voltam à vila de Luso e aqui permaneçam uma, duas ou três semanas e, sem dúvida, esta é uma ajuda fundamental para a recuperação da atividade desta vila termal”.
“Tiro o chapéu à Câmara Municipal da Mealhada por esta iniciativa. Não deixa de ser peculiar a autarquia substituir-se ao Estado e avançar com esta medida”, salientou, por sua vez, o administrador da Sociedade de Água de Luso (SAL), Nuno Pinto Magalhães. “Todos juntos, com medidas como esta, podemos revitalizar esta estância termal”, acrescentou ainda o administrador da SAL, felicitando ainda a MALO CLINIC TERMAS LUSO pela sua gestão e pelos seus resultados, já que, como Sérgio Franco informou, desde as obras de recuperação das termas, o número de aquistas tem vindo sempre a crescer.
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