O deputado Maurício Marques foi reeleito para um novo mandato de dois anos à frente da distrital do PSD de Coimbra, nas eleições, em lista única, realizadas na noite de sexta-feira, disse o próprio à Lusa.
De acordo com Maurício Marques, a lista por si liderada recolheu cerca de 45% dos votos dos 2.900 militantes inscritos no ato eleitoral, uma votação “com alguma dimensão”, embora sustente que por se recandidatar em lista única “não houve uma grande mobilização” dos militantes.
O líder distrital social-democrata frisou que o mandato que agora se inicia “coincide com uma nova liderança” no PSD nacional e prometeu trabalhar para preparar os atos eleitorais que se avizinham no novo ciclo político, nomeadamente as eleições europeias (em maio de 2019) e legislativas, que deverão decorrer entre setembro e outubro do próximo ano.
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Um dos objetivos passa pela implementação do Conselho Estratégico Distrital de Coimbra – uma determinação da direção nacional – que visa recolher contributos de personalidades “com alguma afinidade para com o PSD” em variados setores da sociedade, a incluir num futuro programa eleitoral social-democrata.
Maurício Marques deixou críticas ao Governo socialista, a quem acusa de estar “a falhar” com Coimbra na área da saúde: “Coimbra autointitulava-se ‘capital da saúde’ em Portugal e tinha motivos para isso, os seus hospitais destacavam-se pela inovação e eram referências, até mundiais, no setor”.
“Hoje esse capital acumulado está a ser esvaziado pela falta de investimento, o CHUC [Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra] não tem ainda todo o capital social realizado, há carências de toda a ordem nos hospitais, a nova maternidade arrasta-se há anos e vemos profissionais de saúde desmotivados”, elencou Maurício Marques.
O líder distrital social-democrata frisou ainda que no capítulo das acessibilidades “não há respostas do Governo” para os problemas que afetam Coimbra, desde logo nas ligações ao interior, de que é exemplo o concelho da Pampilhosa da Serra, que dista 75 km da sede do distrito “e a população demora bem mais de uma hora na viagem, porque não há uma ligação em via rápida”.
“Nem os incêndios [de 2017] fizeram aumentar a sensibilidade do Governo para com os problemas do interior”, acusou Maurício Marques, que liderou a autarquia de Penacova durante 12 anos, até 2009 e cumpre um segundo mandato como deputado eleito por Coimbra.
Ainda nas acessibilidades, o líder distrital do PSD aponta o caso “flagrante” da ligação rodoviária entre Coimbra e Viseu, lembrando que em 2005, há 13 anos, fez “figura de figurante” numa tenda montada “à porta” da autarquia de Mortágua, onde o Governo socialista de então “apresentou uma ligação por autoestrada entre Coimbra e Viseu” que não se concretizou.
“E este Governo do PS não se decide a fazer a autoestrada alternativa ao IP3”, frisou Maurício Marques.
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