Cidade
Nova Maternidade deve nascer em Celas ou em São Martinho do Bispo?
O presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), Manuel Machado, afirmou hoje, em conferência de imprensa (que marcou com urgência), no Salão Nobre dos Paços do Município, que concorda com duas soluções possíveis para a instalação da nova maternidade do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC): a construção do equipamento, de raiz, nas imediações do Hospital da Universidade de Coimbra (HUC), se for acautelada uma solução para os atuais condicionamentos de trânsito e para a necessidade de estacionamento; ou a instalação da maternidade no Hospital dos Covões, com o reforço das valências médicas necessárias ao seu funcionamento.
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Independentemente da decisão do Governo, que deverá ter em conta o investimento necessário para cada solução, Manuel Machado defende, sim, a urgência na decisão e na implementação da nova unidade.
A nova maternidade do CHUC, que resultará da fusão da Maternidade Daniel de Matos com a Maternidade Bissaya Barreto, é já um assunto antigo que pode estar agora mais perto de ser resolvido.
Depois do Governo ter constituído, em março passado, um grupo de trabalho – composto por dois elementos da Administração Regional de Saúde do Centro, dois do CHUC e um da CMC – para identificar, entre outros aspetos, os locais possíveis para a implementação da unidade, a dimensão do projeto eos custos estimados, as soluções propostas devem ser comunicadas à tutela muito em breve. Manuel Machado acredita mesmo que serão conhecidas novidades ainda este mês.
O presidente da CMC concorda com duas das soluções que estão a ser avaliadas, sendo que, em ambos os casos, considera que há questões que têm de ser acauteladas. A primeira hipótese passa pela construção da unidade em terrenos do Estado situados entre o HUC e o Hospital Pediátrico, e, neste caso, Manuel Machado defende que essa opção só é viável se for garantida uma solução definitiva para os atuais condicionamentos de trânsito existentes e para a escassez de lugares de estacionamento, o que implicaria um maior investimento. A alternativa, ou a segunda hipótese, passa pela instalação da nova maternidade no Hospital dos Covões, sendo necessário assegurar um reforço das valências médicas indispensáveis ao seu funcionamento. Manuel Machado defende ainda, independentemente das soluções, a reabertura do Serviço de Urgências do hospital 24 horas por dia.
“Tudo visto e ponderado, as duas hipóteses que acompanhamos com mais entusiasmo são a localização da maternidade nas imediações do HUC, na condição de ser resolvida a questão do ordenamento da circulação automóvel e o aparcamento automóvel – porque se isso não for feito, ao mesmo tempo e articuladamente, criará ainda mais dificuldades do que aquelas que hoje existem – e a segunda opção de instalação de uma nova maternidade com utilização adequada, com as valências médicas necessárias, nas instalações do Hospital dos Covões. Isto permitirá equacionar, em simultâneo, a reabertura 24 horas – que desejamos que se faça – das Urgências do Hospital dos Covões”, defendeu Manuel Machado, em declarações aos jornalistas.
“A localização da maternidade nos Covões tem a ver com a disponibilidade financeira do Estado em fazer uma obra de raiz ou intervir na requalificação do hospital”, esclareceu ainda o presidente da CMC.
“A prioridade tem que ser associada à realização garantida. Se houver dinheiro para uma nova maternidade, a ser construída na cerca do Hospital da Universidade, que inclua a maternidade e aparcamento automóvel resolvido, é uma das hipóteses defensáveis. Se não houver dinheiro para isso, a alternativa é o Hospital dos Covões, aproveitando o espaço disponível e, obviamente, com a reabilitação do edificado, a adaptação à maternidade será menos dispendiosa”, acrescentou.
Todavia, seja qual for a decisão da tutela, o presidente da CMC é claro: é premente avançar com a implementação da nova maternidade. “É necessário resolver de vez este problema, resolvê-lo de modo construtivo e cooperante e por isso não me confinei apenas a uma das soluções, porque acredito que haja vantagens e desvantagens em cada uma delas, e tenho presente a necessidade, a urgência de ser desencadeado o procedimento e a construção, a criação [da nova maternidade]”, defendeu o presidente da CMC, na conferência de imprensa. “É preciso mesmo fazer a nova maternidade”, insistiu Manuel Machado.
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