Desporto
Martínez na seleção 15 anos após Scolari e 40 anos depois de Otto Glória
Roberto Martínez vai ser o terceiro treinador estrangeiro a comandar a seleção portuguesa de futebol, e primeiro espanhol, 40 anos depois do pioneiro brasileiro Otto Glória e 15 do seu compatriota Luiz Felipe Scolari.
O antigo selecionador da Bélgica, de 49 anos, sucede a Fernando Santos no comando da equipa das ‘quinas’, tendo como ‘missão’ qualificar Portugal para a fase final do Europeu de 2024, a disputar na Alemanha, e para o Mundial de 2026, que se realizará em Canadá, Estados Unidos e México.
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Martínez sucede a Fernando Santos, o recordista de jogos (109), vitórias (67), golos marcados (226) e longevidade na seleção lusa (estreou-se em 11 de outubro de 2014 e despediu-se em 10 de dezembro de 2022), também vencedor dos únicos dois troféus absolutos, o Europeu de 2016 e a Liga das Nações de 2019.
O espanhol, nascido em Lérida em 13 de julho de 1973, vai assumir até 2026 o desafio de ser o terceiro treinador estrangeiro da história da seleção portuguesa.
O seu antecessor foi Luiz Felipe Scolari, o homem que levou o Brasil ao ‘penta’ no Mundial2002 e a equipa das ‘quinas’ à final do seu Euro2004, na primeira fase final de Cristiano Ronaldo.
Scolari, contratado por Gilberto Madaíl e entretanto reformado, levou Portugal à final do Campeonato da Europa que organizou, perdendo com a Grécia, por 1-0, com um golo de Charisteas, tendo depois guiado a equipa das ‘quinas’ às meias-finais do Mundial2006, ‘caindo’ frente à França, e aos quartos de final do Euro2008, baqueando perante a Alemanha.
O quarto lugar no Campeonato do Mundo disputado na Alemanha, a final do Euro2004 e, sobretudo, a envolvência conseguida em torno da seleção nacional foram as principais heranças que ‘Felipão’ deixou para os sucessores, casos de Carlos Queiroz, Paulo Bento e, mais recentemente, Fernando Santos.
Scolari orientou a seleção portuguesa em 74 jogos, entre 28 de novembro de 2002 e 11 de junho de 2008, saindo, depois de 42 vitórias, 18 empates e 14 derrotas (144-62 em golos), para o Chelsea, duas décadas após o seu compatriota brasileiro Otto Glória ter comandado a equipa das ‘quinas’, entre 22 de setembro e 08 de junho de 1983, sem grande sucesso.
Em sete encontros, o técnico ‘canarinho’ somou três vitórias, um empate e três desaires (5-12 em golos), deixando, apesar dos triunfos na Finlândia (2-0) e na receção à Polónia (2-1), algo comprometido o apuramento para o Euro’84, face a um pesado desaire sofrido em Moscovo, frente à ex-União Soviética (0-5).
Depois desse encontro, disputado a 27 de abril de 1983, Otto Glória ainda cumpriu mais um jogo como selecionador, em 08 de Junho de 1983, em Coimbra, onde o Brasil ganhou por 4-0: veio, depois, Fernando Cabrita e Portugal só ‘caiu’ nas meias-finais do Europeu de 1984, face à anfitriã França.
Antes dessa sua passagem pelo comando da seleção, o técnico brasileiro, que também orientou Benfica (quatro títulos nacionais), Sporting (um), FC Porto e Belenenses, já tinha sido o treinador de campo – Manuel da Luz Afonso era o selecionador – no Mundial1966, que os ‘magriços’, liderados por Eusébio, terminaram em terceiro lugar.
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