Política

Marques Mendes: O político que foi quase tudo no PSD e quer agora ser Presidente da República

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 hora atrás em 05-02-2025

Luís Marques Mendes, 67 anos e militante do PSD desde os 16 anos, vai apresentar na quinta-feira a sua candidatura a Presidente da República, depois já ter sido deputado, secretário de Estado, ministro e líder dos sociais-democratas.

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Nasceu em Azurém, uma freguesia do concelho de Guimarães (distrito de Braga), em 05 de setembro de 1957, e viveu boa parte da sua vida em Fafe, filiando-se em junho de 1974 no então PPD (que em 1976 passaria a PPD/PSD).

Licenciou-se em Direito pela Faculdade de Direito de Coimbra e, ainda estudante com 19 anos, chegou a vice-presidente da Câmara Municipal de Fafe e a adjunto do governador civil de Braga.

Com a ascensão de Cavaco Silva a líder do PSD e primeiro-ministro, muda-se para Lisboa e integra os três governos liderados pelo antigo Presidente da República nas décadas de 80 e 90: foi secretário de Estado Adjunto do ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares entre 1985 e 1987 (acumulando com as funções de porta-voz), secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros entre 1987 e 1992 e ministro Adjunto do primeiro-ministro, entre 1992 e 1995.

Mendes teve a tutela da comunicação social entre 1985 e 1987, quando foi constituída a Agência Lusa, e era ministro Adjunto quando foi criada a RTP Internacional, tendo sido um dos mentores da privatização das televisões (SIC e TVI).

Em 1995, assumiu a vice-presidência da Comissão Política do partido e, quando Marcelo Rebelo de Sousa foi eleito presidente do partido, Mendes chegou a líder parlamentar, tornando-se na prática o número dois do PSD, então na oposição, já que o ainda Presidente da República não estava no parlamento.

Foi eleito deputado pela primeira vez em 1987, pelo círculo eleitoral de Braga (por onde voltaria a concorrer em 1995), em 1991 por Viana do Castelo e em 1999, 2002 e 2005 por Aveiro.

Quando Durão Barroso ascendeu ao poder, em 2002, Marques Mendes foi convidado para exercer o cargo de ministro dos Assuntos Parlamentares, que acabou por abandonar quando Santana Lopes sucedeu a Barroso na liderança do partido e no Governo, no verão de 2004.

Disputou pela primeira vez a liderança do PSD em 2000, contra Santana Lopes e Durão Barroso, no congresso de Viseu, mas saiu derrotado, tendo vencido à segunda, em 2005, contra Luís Filipe Menezes.

Marques Mendes exerceu o cargo de presidente do PSD por pouco mais de dois anos e, durante a sua liderança, conseguiu fazer aprovar uma revisão estatutária no partido que instituiu a eleição direta do presidente por todos os militantes, que substituiu o método de eleição pelos delegados em Congresso.

Não chegou a disputar legislativas, mas venceu as autárquicas de 2005 – nas quais ‘vetou’ as candidaturas de Isaltino Morais e Valentim Loureiro, invocando razões de “credibilidade e confiança” política -, e também recusou apoiar Pedro Santana Lopes para Lisboa, preferindo o independente Carmona Rodrigues, que venceu a capital.

No entanto, dois anos depois o autarca lisboeta foi constituído arguido no caso Bragaparques e foram convocadas eleições intercalares na capital, em que Carmona Rodrigues avançou como independente, contra o social-democrata Fernando Negrão e o socialista António Costa, que sairia vencedor.

Mendes convoca eleições internas antecipadas e perde a liderança dos sociais-democratas para Menezes, na única vez em que um presidente em funções foi derrotado em diretas do PSD, não tendo exercido mais cargos políticos desde então.

Advogado na Abreu Advogados, foi consultor jurídico da Efacec e presidente do Conselho de Administração da ENSINO, entidade proprietária da Universidade Atlântica, e administrador executivo da Nutroton Energias.

Em 2008, foi agraciado pelo então Presidente da República Cavaco Silva com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique e, desde 2013, é comentador político na SIC, tendo passado das noites de sábado para as de domingo quando Marcelo Rebelo de Sousa deixou de ser comentador na TVI para se candidatar a Belém, em 2015.

É conselheiro de Estado desde 2011, primeiro eleito pela Assembleia da República no segundo mandato de Cavaco Silva, e desde 2016 como um dos cinco membros escolhidos pelo atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Nos últimos dois anos, Marques Mendes marcou presença mais regular em iniciativas do PSD durante a presidência de Luís Montenegro, como a Festa do Pontal, congressos, campanhas e, mais recentemente, num encontro de Autarcas Sociais-Democratas, onde o atual líder disse publicamente que a solução para as presidenciais “estava bem perto”.

Foi no verão de 2023 que admitiu pela primeira vez publicamente que poderia ser candidato a Presidente da República, se tal fosse “útil ao país”.

Casado, com três filhos, é fã de sueca, desporto e adepto do Benfica. Num inquérito recente da Universidade de Verão do PSD (iniciativa de formação política de jovens quadros) escolheu a lealdade como a qualidade que mais aprecia: “Um bem cada vez mais raro e precioso”, escreveu.

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