Luís Marques Mendes “apadrinhou”, no sábado, duas iniciativas políticas na região de Coimbra antes de ir até Viseu dançar no baile “os melhores anos”.

Marques Mendes aproveitou a ocasião para meter a conversa em dia com Miguel Relvas
Em Penela, Marques Mendes discursou na sessão solene em que Paulo Júlio (ex-lider local e antigo governante) foi agraciado com a Medalha de Mérito Politico, Social e Empresarial do Município de Penela, tendo depois seguido para Coimbra onde participou num almoço do PSD local.
Depois dos cumprimentos da praxe e das conversas à entrada do auditório municipal de Penela, Marques Mendes dedicou uma boa parte da sua intervenção à “coesão territorial”.
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A coesão territorial, não sendo um problema novo, tem vindo a agravar-se na sua equidade e na sua importância, denunciou Marques Mendes.
Apesar de termos recebido mais de cem mil milhões de euros de fundos europeus ao longo destas 3 décadas na Europa, basicamente, estamos hoje como estávamos há 30 anos, acrescentou.
“Pode não ter havido agravamento, mas não houve nenhum tipo de melhoria”. É preciso adotar uma estratégia mais radical, preconizou Marques Mendes.
O antigo governante e líder do PSD frisou que “Portugal precisa de medidas radicais neste momento, as soluções tradicionais falharam, os paliativos não levam a lado nenhum, ajudam ao discurso, mas não mudam nada no plano concreto dos resultados”.
Temos de tomar medidas mais radicais na aplicação dos fundos europeus e no domínio fiscal, sintetizou Marques Mendes, antes de lembrar que a máquina do Estado é muito centralista.
O jurista garantiu mesmo que “a generalidade dos ministros que se sentam à volta do conselho de um ministros, sejam do partido A ou do partido B, tem uma mentalidade altamente centralizadora”.
“Eu já cheguei à hipocrisia suprema de ver numa manhã um ministro a ser o mais possível anti-autarca e à tarde fazer um discurso em prol do poder local!”, confidenciou Marques Mendes.
“Há uma enorme diferença entre aquilo que é urgente e aquilo que é importante. Se não começarmos a agir naquilo que é importante, que é estratégico, que é essencial, que é estrutural, um dia mais tarde transformamos a questão mesmo urgente, mas nessa altura aplica-se aquele ditado é muito mais fácil fazer remediar do que teria sido, uns anos antes, prevenir”, remata Marques Mendes.
Na plateia, para além de Paulo Júlio, estavam os antigos governantes Miguel Relvas e Leitão Amaro, que recorde-se, tiveram responsabilidades governativas em várias áreas relacionadas com os territórios de baixa densidade deste Portugal cada vez mais profundo e ostracizado.
Veja toda a intervenção de Marques Mendes em Penela:
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