Desporto
Mário Torres/óbito: Lenda “intrinsecamente diferente”, diz José Belo
O ex-futebolista José Belo considera que Mário Torres, falecido hoje, era “intrinsecamente diferente”.
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“Pensar nele não nos traz apenas à memória a sua peculiar forma de estar na vida, única e sempre distinta, mas também nos leva a reconhecer e a pensar num ser humano fantástico”, opina o jurista e ex-presidente do Núcleo de Veteranos da AAC/OAF.
Para o antigo defesa da Briosa, tratava-se de um “médico de mão cheia e de um futebolista, que, pela forma como se entregava ao jogo, foi capaz de criar e alimentar a paixão por ele de tantos devotos, que nele viam uma verdadeira lenda da Académica”.
“Acresce que o associo, para sempre, ao nascimento dos meus dois filhos, num percurso de dedicação e qualidade inexcedíveis”, declarou Belo a NOTÍCIAS de COIMBRA.
O ex-defesa recorda ter-se estreado na primeira equipa da Académica (sénior), em 1966, por ocasião de uma digressão a Angola, tendo entrado em substituição de Mário Torres,
no começo da melhor época de sempre da Briosa e que levou o emblema conimbricense ao segundo lugar do principal campeonato português de futebol.
Ao “brilhantismo do verbo fácil”, prossegue José Belo, Torres “sabia associar, sempre, algo que enriquecia a vivência académica através da memória e do exemplo que dele emanava”.
“Terei, sempre, grande admiração por ele e estou certo que quem com ele privou ficou
marcado por um dos melhores exemplos desse apetecível modelo socio-desportivo que se chamava Académica, ao enlaçar, de forma superlativa, o futebol com a dimensão social”, acentua o jurista.
“Neste momento de dor, na hora da sua abalada, as palavras perdem sentido diante da
saudade que já tenho dele, pois partiu alguém que deixou uma pegada forte na alma de Coimbra, nos corredores da maternidade e no velho ‘Calhabé’”, conclui José Belo.
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