Coimbra

Mário Nogueira diz que muitos docentes continuam longe de casa

Notícias de Coimbra | 8 meses atrás em 22-03-2024

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) alertou hoje que muitos docentes continuam longe de casa, apesar dos novos quadros de zona pedagógica, que vão permitir reduzir as distâncias a que são colocados.

Cerca de 85% dos professores conseguiram colocação na sua primeira escolha no concurso de transição para os 63 novos quadros de zona pedagógica (QZP), segundo as listas hoje publicadas.

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O concurso resulta de uma das muitas mudanças introduzidas no ano passado ao modelo de recrutamento e gestão de professores, que reorganizou os QZP encurtando a dimensão geográfica das regiões de forma a evitar que os docentes vinculados fossem colocados em escolas muito distantes de um ano para o outro.

Saudando a medida, para a qual a federação liderada por Mário Nogueira diz ter contribuído a luta dos professores durante o processo negocial, os representantes dos docentes alertam que, ainda assim, muitos continuam longe de casa.

“Para muitos milhares, esta nova área mais reduzida continua a situar-se a centenas de quilómetros da zona de residência”, escreve a federação em comunicado.

Após este concurso de transição, o Ministério da Educação realiza este ano um concurso interno com 20.853 vagas para quadros de escola, para que professores vinculados nos QZP fixar-se numa escola específica e, eventualmente, aproximarem-se de casa.

“Ver-se-á se, no âmbito do concurso interno, estes docentes conseguirão aproximar-se da residência familiar, pois aos professores deverá ser reconhecido o direito de ser colocados na zona em que vivem e não a obrigação de viver onde são colocados”, defende a Fenprof.

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Quando entram nos quadros do Ministério da Educação, os professores vinculam inicialmente aos chamados Quadros de Zona Pedagógica, podendo ser colocados em qualquer escola dessa zona.

Na configuração anterior, existiam apenas 10 QZP e, por isso, os docentes poderiam ficar sujeitos a longas deslocações diárias – por exemplo, a região do Algarve correspondia a apenas um QZP, podendo ser colocados tanto em Lagos como em Vila Real de Santo António -, mas essas distâncias são agora encurtadas com a criação de novas zonas.

Apesar de elogiar a abertura de mais vagas para os concursos interno e externo de professores, a Fenprof sublinha ainda que a falta de professores não se resolve por essa via.

“O problema será garantir que, no futuro, não faltarão professores para todos os alunos. Para se tornar possível, será necessário que o próximo Governo invista na escola pública e valorize a profissão docente, tornando-a atrativa”, conclui o comunicado.

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