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O livro “Urbano Duarte: Crónicas dos Anos Quentes”, do jornalista Mário Martins, foi apresentado hoje, 15 de dezembro, no Instituto Justiça e Paz, em Coimbra.
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Na sessão usaram da palavra António Jesus Ramos (director do “Correio de Coimbra”) e Lino Vinhal (director do “Campeão das Províncias”), que fizeram questão de elogiar Mário Martins e Urbano Duarte
“Urbano Duarte: Crónicas dos Anos Quentes” aborda o início da Imprensa em Coimbra, descreve o nascimento do “Correio de Coimbra”, actualmente no 93.º ano de publicação, inclui desenvolvida biografia de Urbano Duarte e apresenta os outros oito directores do jornal (1922-2014).
Segundo Mário Martins, “o conceito de crónica jornalística é dissecado, caracterizando os traços fundamentais de um género paraliterário/jornalístico ainda hoje desprovido de definição consensual, através da opinião de vários pensadores e da própria experiência do autor, jornalista há quatro décadas”.
As 691 crónicas que Urbano Duarte redigiu na última década de vida (1971-1980) são analisadas em pormenor, permitindo uma viagem pelos tempos do Marcelismo, Reforma do Ensino de Veiga Simão, 25 de Abril, Nacionalizações, PREC, Verão Quente, eleições para a Assembleia Constituinte e início da “normalidade democrática”.
São também publicados depoimentos inéditos de personalidades que trabalharam com Urbano Duarte na década de 70, nomeadamente de dois dos três directores que se lhe sucederam no cargo
Padre, professor e jornalista, o cónego Urbano Duarte foi figura de relevo da vida coimbrã e, mesmo, nacional. Treze anos depois da morte, foi condecorado pelo Presidente da República, no 10 de Junho, com o grau de Grande Oficial da Ordem de Mérito.
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