Coimbra
“Mário do Nicola” terá sido assassinado “no dia do desaparecimento”
Mário Luís Oliveira, um dos sócios do café Nicola, em Coimbra, que se encontrava desaparecido desde agosto terá sido assassinado por uma pessoa que o conhecia e que depois escondeu o corpo numa fossa no concelho de Miranda do Corvo, revelou hoje a Polícia Judiciária (PJ).
“Na sequência de todas as diligências investigatórias e periciais realizadas, concluiu-se que estaríamos perante um crime de homicídio e que, seguramente, será um homicídio qualificado”, indicou o diretor da Polícia Judiciária do Centro.
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Em conferência de imprensa em Coimbra, ao final da tarde de hoje, Jorge Leitão informou que o corpo do empresário de 57 anos, que estava desaparecido desde o dia 19 de agosto, foi hoje localizado numa fossa em Chãs, no concelho de Miranda do Corvo, distrito de Coimbra.
Também durante o dia de hoje foi detido o alegado autor dos crimes de homicídio e profanação de cadáver, um estrangeiro de 36 anos, que seria conhecido da vítima e que na altura residia naquele local.
Aos jornalistas, o diretor da PJ do Centro explicou que a investigação, que culminou com a localização do cadáver e a detenção do suspeito, passou por várias fases, logo após um familiar ter comunicado à PSP de Coimbra o seu desaparecimento.
Nessa altura, as primeiras diligências foram efetuadas “sem se saber se há necessariamente crime ou não”, tendo no dia seguinte a GNR localizado o automóvel que era habitualmente utilizado pelo empresário.
Segundo Jorge Leitão, a investigação seguiu várias linhas e perspetivaram-se várias hipóteses, entre as quais a de rapto, até se chegar “a uma linha que parecia mais consistente” e que “levou a este infeliz desfecho”.
“Todos os elementos até agora recolhidos apontam que a morte terá ocorrido logo no próprio dia do desaparecimento ou em data muito próxima”, acrescentou.
O responsável da PJ admitiu também que, apesar de já terem noção de como a vítima poderá ter sido morta, é necessário esperar-se pelos resultados da autópsia, para além de ter ainda de se apurar a motivação do crime.
Sobre o detido, informou que trabalhava na zona de Coimbra, encontrando-se “em situação legal no nosso país” desde 2021, tendo “a sua vida aparentemente estruturada”.
Será presente a tribunal, para primeiro interrogatório judicial, na próxima sexta-feira.
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