Nos últimos cinco anos o atual executivo da CMC tem apostado na renovação da frota dos SMTUC, a qual se traduziu num reforço de cerca de 40 autocarros, num investimento de cerca de 9 milhões de euros.
Os 10 veículos hoje apresentados são 100% elétricos e vão possibilitar o relançamento da Ecovia – um serviço de ligação por autocarros de pontos estratégicos e de grande afluência da cidade a parques de estacionamento periféricos -, criando novas condições de mobilidade para o centro da cidade. “Estes autocarros são, portanto, uma parte da resposta que o Município de Coimbra está a dar à nova consciência urbana, às novas exigências cívicas e ambientais dos munícipes que aqui vivem e trabalham”, destacou Manuel Machado.
O presidente da CM Coimbra salientou que o serviço da Ecovia “vai tirar carros da cidade e tornar a vida – quer de quem entra, quer de quem cá mora – melhor, mais saudável, mais económica e com maior capacidade de circular a pé ou nos transportes”, sobretudo quando se tratam de “veículos mais eficientes e que utilizam fontes de energia com melhor desempenho ambiental – como é o caso destes autocarros que hoje apresentamos”, destacou o autarca.
Manuel Machado recordou que a Ecovia foi por ele lançada nos anos 90 e “talvez por ter sido um projeto demasiado avançado para o seu tempo, não colheu à época junto das pessoas a adesão que se esperava. Ter razão antes do tempo é, por vezes, quase a mesma coisa que estar enganado”, evidenciou o autarca, salientando que hoje a “sociedade é outra”, “o espírito da cidade é outro”, “a consciência ambiental é outra”, a “relação das pessoas com a cidade é melhor, muito diferente da que era”, pois “há um apreço, uma estima pelos espaços sem carros que antes não existia”, concluiu.
Manuel Machado anunciou que a ECOVIA terá novos parques de estacionamento no Parque Verde (ao lado do pavilhão Centro de Portugal) e na Praça Heróis do Ultramar (Pavilhão Mário Mexia).
Por seu turno, o ministro do Ambiente e da Transição Energética salientou que a mobilidade que “aí vem é uma mobilidade elétrica e é uma mobilidade partilhada, é uma mobilidade que vai promover muitos novos modelos de negócio, mas é, essencialmente, uma mobilidade coletiva”.
Matos Fernandes salientou que em Portugal “54% da eletricidade que já hoje produzimos provém de fontes renováveis” e que em 2030 serão 80%. Ou seja, “a eletricidade que faz com que estes veículos que aqui estão se venham a deslocar, servindo os cidadãos de Coimbra e quem visita esta magnífica cidade, tem como origem mais de metade em fontes renováveis”, destacou.
O ministro do Ambiente e da Transição Energética considerou que “hoje é um dia de grande satisfação” e felicitou a Câmara Municipal de Coimbra por esta aposta na mobilidade sem emissões carbónicas. “Em 2050, teremos toda a mobilidade terrestre movida a eletricidade ou a hidrogénio. A meta é a de chegar a 2030 com um terço da mobilidade de passageiros elétrica e estes investimentos são muitos importantes para que isso se consiga”, concluiu.
Dos dez autocarros 100% elétricos hoje apresentados, oito têm 12m de comprimento, o chassis é totalmente rebaixado e a bateria é de lítio/fosfato de ferro, com uma tensão de 512V e uma capacidade de 348kWh. A lotação total será superior a 80 pessoas. Os outros dois são miniautocarros, que estão preparados para poderem percorrer a Linha do Centro Histórico, têm 6m de comprimento, um motor com 125KW de potência e uma capacidade das baterias de 66kWh. A lotação total será de 19 pessoas.
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