Manuel Castelo Branco contrata agência que fez serviços a Manuel Machado e José Manuel Silva
Apesar de ter pessoas e meios próprios para o efeito, o ISCAC contratou uma empresa de “Serviços de consultoria em estratégia de relações públicas”.
Para contornar a lei que rege a contratação pública, Manuel Castelo Branco, que para além de presidente do ISCAC é jurista, invoca a “ausência de serviços próprios” para “dar” 18 000,00 euros à sociedade Valor de Fundo.
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Notícias de Coimbra soube deste “negócio” em outubro, mas só agora pode provar o que escreveu antes das eleições, pelo que se publica cópia do contrato.
Nesta notícia, a propósito de uma sondagem eleitoral muito contestada pelo então candidato Jaime Ramos, NDC dava conta de “ligações” de Manuel Castelo Branco a um dos sócios das empresas de comunicação que prestam ou prestaram serviços aos socialistas locais e ao município de Coimbra.
Uma das empresas em causa é a Valor de Fundo, que beneficiou de vários ajustes directos da Câmara Municipal de Coimbra depois de ter feito campanha para Manuel Machado.
No que diz respeito à “sondagem encomendada” ,NDC adiantava que empresa que lhe deu “suporte legal” é a G. Triplo, Estudos e Sondagens de Opinião, Lda, é liderada e detida pelo maçon Paulo Noguês. Tem “negócios” com o ISCAC, proporcionados pelo Presidente Miguel Castelo Branco.
Também recordamos que este ex-militante do CDS foi candidato pelo movimento Somos Coimbra, liderado por José Manuel Silva. Faltou acrescentar que a Valor de Fundo e a falida Agenda Setting) com sócio em comum às duas) foram contratadas pela Ordem dos Médicos, depois de terem prestado serviços durante as campanhas que o levariam a bastonário.
As revelações não terão agradado a Manuel Castelo Branco, que no dia 4 de Outubro, na sessão solene de abertura de aulas do IPC, entendeu insultar e intimidar o director do Notícias de Coimbra.
Recordamos que o diário da Fapricela, com o objectivo claro de credibilizar a sua iniciativa, fez questão de destacar a participação do ISCAC na elaboração da sondagem.
No dia 2 de outubro, NDC lembrava que na primeira página de As Beiras está indicado que a sondagem foi realizada pelo “ISCAC/Pool Lab”. Na “análise jornalística ”acrescentava que tem a “direção técnica” da Poll Lab – ISCAC”.
“Pool Lab”? Errado! O pouco activo “centro de estudos e sondagens associado à Coimbra Business School” chama-se ” PolLab”, esclarecia o seu jornal.
Apesar de não ter qualquer menção no destaque na primeira página ou no texto nas páginas interiores, a empresa que aparece de forma discreta na ficha técnica é a única entidade que está credenciada pela Entidade Reguladora para Comunicação Social para a elaboração deste tipo de serviços. Trata-se da “G. Triplo, Estudos e Sondagens de Opinião, Lda”.
A sondagem publicada pelo diário As Beiras foi contestada pelos candidatos classificados entre o 2º e o 5º lugar. Da esquerda à direita.
Falta averiguar o que ganha o ISCAC (que vive do dinheiro do povo) com esta intermediação entre uma pouco conhecida empresa de sondagens e um jornal detido por um grupo empresarial com vastos interesses no município de Coimbra.
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