Opinião
“Mala de cartão”
Não sei como os escolhem, confesso, ou onde os encontram. Mas a novela das malas, além de vir de um partido que é um saco de virtudes, tem uma piada triste. O putativo criminoso vai receber mais, tem mais tempo para falar mais mordomias. Digam lá que o crime, alegado claro, não compensa.
Por lá tenha cheirado daquele pó, que a Polícia Judiciária descortinou em várias cartas enviadas a órgãos de soberania.
O que ia nos subscritos enviados, com idêntica missiva e conteúdo? Espantoso este mundo de entretenimento.
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Sublinhar que as suspeitas são de furtos de bagagens nos tapetes dos aeroportos de Lisboa.
Adiante, precisamos de olhar novo, conhecimento do mundo.
Em Davos, o presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, apresentou uma crítica contundente às redes sociais e aos tecnomilionários, propondo medidas significativas para regular estas plataformas, incluindo a responsabilidade penal dos proprietários das plataformas pelo conteúdo divulgado.
Num mundo sem tino, haja luz, espetáculo visceral, delicado e único, apresentado em estreia repetida. Sabíamos o que lá vinha, que nos preparemos.
Como o faz a Comissão Europeia, a melhor de sempre, ao impor uma preferência europeia em concursos públicos para setores estratégicos críticos e uma plataforma comum da UE para facilitar a compra conjunta de matérias-primas essenciais.
Transe, resistência, êxtase, são estados que o quotidiano reclama, nesta viagem sem retorno. Ou talvez haja esperança.
A União Europeia atingiu um marco histórico na produção de eletricidade em 2024, com 47% da sua energia proveniente de fontes renováveis, incluindo energia solar. O relatório divulgado pelo think tank Ember revela que quase três quartos da eletricidade da UE não emitem gases com efeito de estufa, com 24% proveniente de energia nuclear.
Somos, e seremos, o maior espaço de liberdade e bem-estar.
Experimentação interdisciplinar, fruto de uma parceria que cpmeçpu no aço e chegou à livre circulação.
Um lugar onde o masculino e o feminino se encontram, sem papéis definidos, dançando ao ritmo da própria natureza.
Talvez nos instigue a esse olhar curioso e interessado para uma realidade muito diferente da nossa. E que teimamos em não enxergar.
Debatemos muito, fazemos pouco. A ministra do Ambiente veio alertar para risco de inundações nas zonas ribeirinhas do Tejo e Mondego. Mas da barragem no rio Alva, nem palavra.
Inclinando-se ao tempo, esquecemos o essencial, seduzidos por ideias especulativas. O que estaria nas malas? E nos envelopes? O desagrado com o desenvolvimento do nosso conhecimento próprio.
OPINIÃO | AMADEU ARAÚJO – JORNALISTA
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