Cidade
Mais de um milhão e meio de euros para reabilitar Paços do Concelho
A Câmara Municipal de Coimbra (CMC) pretende reabilitar o edifício dos Paços do Concelho, de forma a melhorar o seu funcionamento a nível da eficiência energética, salubridade, segurança e acessibilidade, além de responder aos problemas decorrentes do uso e do envelhecimento dos materiais e da estrutura.
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Uma intervenção que tem um custo previsto de mais um milhão e meio de euros (1.460.057,58 euros + IVA) e que vai ser apreciada e votada na próxima reunião do executivo camarário, que decorre no dia 4 de abril, na Sala de Sessões.
Segundo a CMC, A intervenção vai incidir, sobretudo, nas coberturas, caixilharias e nas fachadas no edifício (pontos focados pelo IteCons – Instituto de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico em Ciências da Construção nos relatórios de análise da eficiência energética e qualidade do ar), sendo ainda determinante as questões de salubridade, a execução de novas escadas de ligação entre os setores do edifício, o prolongamento do elevador existente até ao 3.º piso e a instalação de um novo elevador direcionado ao setor da presidência.
A intervenção nas coberturas pretende resolver em definitivo o problema das infiltrações e humidades existentes e, consequentemente, travar o processo de degradação evolutivo dos elementos da construção, bem como conferir à cobertura do edifício uma adequada proteção térmica. De um modo genérico, está prevista a reabilitação ou substituição das estruturas apodrecidas, do telhado, isolamento térmico e revisão do sistema de escoamento das águas pluviais. Estas obras implicarão, também, a intervenção ao nível dos tetos e sancas afetados pelas infiltrações.
Já no que diz respeito à intervenção nas fachadas, o projeto prevê picar todos os rebocos e a sua substituição por novos rebocos térmicos adequados a alvenaria de pedra, que assegurem a adesão ao substrato e permitam a permeabilidade do vapor de água dos suportes. Todas as cantarias serão limpas, estando incluídas a colmatação de fendas e a remoção de fungos.
Relativamente às caixilharias, está prevista a substituição das existentes, já que estas são em madeira pintada com vidro simples e não dão uma resposta adequada em termos de eficiência energética. Propõe-se, pois, dotar todos os gabinetes de caixilharia em madeira lacada, com vidro duplo de baixa emissividade, bandeiras de abrir e sistema de ventilação no aro com palhetas reguláveis de imagem discreta e igualmente lacadas a branco.
O projeto prevê ainda a execução de novos sanitários e a reabilitação da rede de esgotos e substituição dos materiais degradados; a definição de novas galerias de ligação entre áreas do edifício; a criação, reposição ou melhoramento de quatro escadas de ligação no interior do edifício e de umas escadas de emergência; a criação de uma entrada no edifício acessível a pessoas de mobilidade condicionada, de acesso à Sala da Cidade; e a pintura das paredes dos espaços de circulação, bem como dos respetivos vãos. O prolongamento do elevador existente até ao 3.º piso e a instalação de um novo elevador direcionado ao setor da presidência são outros dois pontos previstos no projeto.
No que diz respeito à iluminação, a intervenção proposta passa pela substituição dos pontos de luz existentes por outros mais eficientes, na generalidade com a utilização de lâmpadas e armaduras com tecnologia LED, complementados com a instalação de detetores/sensores de presença. Os consumos diários atuais, em iluminação, rondam os 398 KWH, passando, com os novos equipamentos, para 67 KWH. Espera-se, assim uma redução no consumo anual de 13.662 euros.
O projeto prevê ainda dotar o edifício com uma rede estruturada de informática e de comunicações de acordo com a norma ITED em vigor e assegurar a conectividade da rede informática local e acesso ao exterior.
Quanto ao sistema de ventilação, pretende-se promover uma estratégia de ventilação que permita contribuir para a salubridade dos espaços e consequente melhoria da qualidade do ar interior, com os benefícios inerentes para a saúde dos utilizadores e que permite assegurar a extração de ar das instalações sanitárias. Por último, no que diz respeito ao sistema de climatização, está prevista a substituição dos atuais equipamentos – sistemas do tipo bomba de calor com fluídos, agora proibidos – por outros de melhor eficiência energética e cumprindo a atual legislação.
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