O ‘Lisbon Gate’, da concessionária DreamMedia, um painel com 200 metros quadrados foi alimentado diretamente do erário público durante meio ano, sem nenhum contrato.
Os técnicos da E-Redes que se deslocaram ao local confirmaram a existência de uma situação de “apropriação indevida de energia elétrica”, cita a CNN Portugal.
O painel estaria a ser alimentado por um ramal de rede aérea apesar de existirem as condições necessárias para uma ligação elétrica de baixa tensão.
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Os técnicos, quando tiveram conhecimento desta atividade, tentaram cortar o fornecimento, mas não conseguiram devido aos valores elevados de corrente. Regressaram a 23 de agosto com o equipamento adequado, e cortaram o fornecimento.
De acordo com a E-Redes explica que após este corte o painel voltou a ser ligado à rede pública, no que descreve como uma “reincidência da apropriação indevida de energia”, que levou a um “corte no troço aéreo do ramal”.
ATUALIZAÇÃO
A propósito desta notícia, a DREAMMEDIA emitiu o seguinte comunicado:
“A DREAMMEDIA repudia categoricamente as alegações associadas ao painel publicitário digital Lisbon Gate, o maior de Portugal, rejeitando a utilização do termo “roubo” que é falso e profundamente lesivo para a reputação da empresa, uma vez que a mesma já liquidou à E-Redes mais de 65.000€ de
consumo de energia do Lisbon Gate.
Previamente à aquisição do equipamento, a DREAMMEDIA solicitou à ERedes a confirmação da viabilidade de aumento de potência, tendo obtido parecer positivo a 18/11/2022. A DREAMMEDIA rejeita assim qualquer tentativa de associar o seu nome a práticas irregulares.
Os atrasos e a instabilidade no fornecimento de energia ao painel resultam exclusivamente de falhas operacionais e morosidade por parte da E-Redes, que só reconheceu a validade das infraestruturas após uma disputa técnica que durou 9 meses e a empresa nunca foi notificada pela E-Redes para
desligar o equipamento durante o processo.
A 29/11/2024 e antes da publicação da notícia, a DREAMMEDIA recebeu da E-Redes um aviso de cobrança no valor de 65.000€, referente ao consumo de energia do painel Lisbon Gate. O valor
foi prontamente liquidado pela empresa, demonstrando o seu compromisso com a regularização total da situação.
Desde janeiro de 2024, a DREAMMEDIA enfrentou sucessivos atrasos na ligação do ramal elétrico, apesar deste cumprir rigorosamente todas as normas e exigências. A E-Redes insistiu em alterações que violavam o seu próprio regulamento técnico. Após diversas reclamações formais, incluindo uma apresentada no livro de reclamações em 03/09/2024, a E-Redes finalmente reconheceu que a
DREAMMEDIA tinha razão e autorizou o avanço das adaptações necessárias.
Apesar de ter existido uma inspeção técnica por entidade certificada que aprovou a infraestrutura elétrica em 27/09/2024, a E-Redes não atualizou o sistema para refletir a nova potência contratada, criando novos entraves burocráticos. A DREAMMEDIA continua a aguardar que o processo seja concluído por parte da E-Redes.
A imprevisibilidade no fornecimento de energia, causada pelos atrasos da E-Redes, levou o fornecedor da tecnologia a recomendar a instalação de um gerador temporário para evitar danos irreversíveis na infraestrutura tecnológica.
Desde a aquisição do painel antigo, a DREAMMEDIA cumpriu escrupulosamente todas as suas obrigações legais. O upgrade de estático para digital resultou num aumento anual de 403% nas taxas de publicidade (para a mesma área) sendo este compromisso integralmente assumido pela empresa.
A DREAMMEDIA está contacto permanente com a E-Redes para regularizar definitivamente este processo. A DREAMMEDIA reforça o seu compromisso com o rigor, a legalidade e a transparência. Continuaremos a colaborar com todas as entidades competentes, a seguir todas as regulamentações impostas pelos municípios e pelo operador da rede de distribuição de energia elétrica e a atuar como
exemplo de responsabilidade no setor.
Acreditamos que o futuro trará processos mais rápidos e eficientes e a DREAMMEDIA continuará a liderar a modernização do Out-of-Home, contribuindo para o desenvolvimento de cidades digitais e sustentáveis em Portugal”.
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