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Maior incêndio do Japão em três décadas continua ativo

Notícias de Coimbra com Lusa | 8 horas atrás em 03-03-2025

Imagem: depositphotos.com

 O maior incêndio florestal do Japão em três décadas já consumiu 2.100 hectares e mantém-se ativo em Ofunato, província de Iwate, estendendo-se a uma floresta e arredores de bairros próximos da cidade de Sanriku.

Perante a propagação do incêndio, a cidade emitiu novas ordens de evacuação às 07:00 locais de hoje (22:00 de domingo em Lisboa), afetando 1.197 pessoas, que foram transferidas para 12 centros.

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“Estamos a trabalhar para extinguir [o fogo] o mais rapidamente possível, procurando ao mesmo tempo a segurança dos residentes”, afirmou hoje o porta-voz do Governo, Yoshimasa Hayashi, numa conferência de imprensa.

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A agência nacional japonesa de gestão de incêndios e catástrofes apelou este domingo aos bombeiros de todo o país para a união de esforços no combate ao fogo e, especialmente, no impedimento da “propagação do fogo na área dos residentes”, acrescentou Hayashi.

Cerca de 1.700 bombeiros de 453 departamentos do arquipélago participam na operação, apoiando a força local no terreno e no ar, com helicópteros das Forças de Auto-Defesa (Exército).

Desde o início do incêndio, na passada quarta-feira, foi confirmada, pelo menos, uma morte e o número de casas destruídas ascende a 84, mas as autoridades esperam que os números aumentem quando for possível avaliar a verdadeira dimensão da catástrofe, uma vez que os esforços de combate ao fogo estão atualmente a ser priorizados.

A costa sul da província de Iwate, onde se situa a cidade de Sanriku, está em alerta de tempo seco desde 18 de fevereiro, um fenómeno que favoreceu a propagação das chamas.

O observatório meteorológico local previa a manutenção do tempo seco esta segunda-feira, embora as temperaturas tenham passado de quentes e primaveris, durante o fim de semana, para uma descida acentuada.

O incêndio florestal, o maior no país desde há mais de três décadas, está a suscitar entre os residentes memórias do terramoto e do tsunami de 11 de março de 2011, que devastaram a costa de Ofunato, fazendo mais de 500 mortos e desaparecidos, e destruindo um grande número de casas e edifícios.

“É como se o tsunami viesse pela frente e o fogo por detrás”, descreveu um homem de 70 anos que viveu o terramoto de 2011, em declarações à estação pública de televisão NHK.

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