Luís Neves, polícia de carreira que nas últimas duas décadas esteve ligado ao combate ao banditismo e terrorismo, é hoje empossado como novo diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ), sucedendo a Almeida Rodrigues, que não quis renovar o mandato.
O novo diretor nacional comandou até agora a Unidade Nacional Contra Terrorismo (UNCT), o departamento da PJ que investiga os crimes mais violentos e que nos últimos anos foi responsável por casos relacionados com a ETA, com os `skinheads´ ou com assaltos a caixas multibanco (ATM) com recurso a material explosivo.
O ato de posse vai realizar-se no salão nobre do Ministério da Justiça, na presença da ministra Francisca Van Dunem, numa altura em que um dos maiores problemas da PJ prende-se com o défice de meios humanos.
Almeida Rodrigues, que completa este verão 60 anos e passará à disponibilidade, esteve uma década à frente da PJ, tendo mantido a confiança de sucessivos ministros da Justiça.
Com Almeida Rodrigues sai também o seu número dois, Pedro do Carmo (diretor nacional adjunto da PJ), que regressa à magistratura do Ministério Público.