Governo

Luís Montenegro recusa-se a “vender ilusões” 

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 meses atrás em 08-08-2024

 O primeiro-ministro defendeu hoje que o Governo está a cumprir as metas do plano de emergência para a saúde mas admitiu que “seria irresponsável e irrealista dizer que as urgências estão a funcionar bem”.

“Aquilo que eu posso dizer é que nós estamos a cumprir. Estamos a cumprir as nossas prioridades. Nós elencámos como prioritário recuperar a lista de espera dos doentes oncológicos e foi materializado, todos aqueles que tinham ultrapassado o tempo máximo de resposta garantido, ou foram operados, ou têm as suas cirurgias agendadas para as próximas semanas”, salientou o primeiro-ministro.

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Luís Montenegro falava aos jornalistas após uma visita ao hospital Santa Maria, em Lisboa, acompanhado do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e da ministra da Saúde, Ana Paula Martins.

O chefe do executivo recusou-se a “vender ilusões” aos portugueses sobre o estado atual do setor, afirmando que o Serviço Nacional de Saúde que o atual executivo herdou do anterior socialista estava “absolutamente caótico e sem vislumbrar as melhorias de que carecia”.

“Seria uma declaração absolutamente irresponsável e irrealista dizer que as urgências estão a funcionar bem e que há uma capacidade de resposta plena. Nós sabemos que não há. Nós esperamos no próximo verão, com o trabalho que vamos desenvolver durante este ano, não ter os problemas que estamos a ter este verão e sobretudo aqueles que tivemos nos últimos oito anos”, realçou.

Contudo, o primeiro-ministro salientou o facto de terem sido registadas “19.050 chamadas de mulheres grávidas, que em vez de andarem à procura de um serviço de urgência disponível para as apoiar, foram encaminhadas para equipas que estavam já à sua espera para as atender”.

“Depois de sabermos isto, a pergunta que eu lanço às portuguesas e aos portugueses é: nós estamos com mais ou menos capacidade de resposta? Nós estamos com mais capacidade de resposta. É suficiente para dar a todos o acesso que nós queremos garantir? Não, não é suficiente. Ainda é preciso fazer muito mais”, reconheceu.

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Montenegro assegurou que “as grávidas portuguesas têm razões para estar hoje mais seguras do que estavam há meio ano atrás”.

“E eu quero acreditar e quero dizer-lhes que vão ter razões para estar ainda mais seguras daqui a um ano”, acrescentou.

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