O núcleo territorial de Coimbra do Livre defendeu hoje Coimbra-B como local para a estação de alta velocidade, considerando a proposta do consórcio LusoLav de criar uma estação fora da cidade um “erro estratégico”.
Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, o Livre considerou que a única proposta do concurso público para o troço de alta velocidade entre Oiã (concelho de Oliveira do Bairro, distrito de Aveiro) e Soure (distrito de Coimbra) “apresenta graves problemas de eficiência, acessibilidade, mobilidade e desenvolvimento urbano”, ao propor que a estação de alta velocidade fique a cerca de seis quilómetros do centro de Coimbra.
A posição do Livre surge depois de se saber que a única proposta para aquele troço vai contra os pressupostos presentes no caderno de encargos, que previa a transformação de Coimbra-B numa estação intermodal, servindo também a alta velocidade.
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O núcleo de Coimbra do Livre considerou que a ampliação de Coimbra-B para receber a alta velocidade “irá reforçar a ligação com a avenida Fernão de Magalhães e a Baixa, promover a densificação urbana e a regeneração de uma zona com enorme potencial para habitação, comércio e serviços”.
“Depois do erro cometido de encerrar a Estação Nova na Baixa de Coimbra, voltar a optar por uma solução que afasta a ferrovia do centro de Coimbra não é aceitável”, afirmou o partido.
Para o Livre, considerar-se a proposta do consórcio Lusolav, liderado pela Mota-Engil, seria “um erro estratégico”, defendendo o cancelamento do atual concurso público e a abertura de um novo, posição já assumida pelo próprio executivo da Câmara de Coimbra, liderado pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD, CDS-PP, Nós, Cidadãos!, PPM, Aliança, RiR e Volt).
Na quinta-feira, a Assembleia Municipal de Coimbra aprovou uma recomendação da CDU de defesa de Coimbra-B como local para a estação que vai servir a alta velocidade, com os votos favoráveis da CDU, das várias forças que compõem a coligação Juntos Somos Coimbra e do movimento Cidadãos por Coimbra, tendo tido 20 abstenções do PS e uma do Chega, e ainda um voto contra de outro deputado do PS, Jorge Veloso, presidente da União de Freguesias de São Martinho do Bispo e Ribeira de Frades.
Durante a discussão do documento, o presidente da Câmara, José Manuel Silva, defendia que a proposta da CDU fosse aprovada por unanimidade, afirmando que não se pode “aceitar que Coimbra seja apoucada no investimento do Governo central”.
Na altura, o líder da bancada socialista, Ferreira da Silva, disse que o PS não iria votar a favor ou contra, face à intervenção de Jorge Veloso (que defendeu a proposta do consórcio), considerando que “as coisas não se podem fazer a qualquer preço”.
Após a abstenção do PS, a ex-ministra e candidata socialista à Câmara de Coimbra Ana Abrunhosa defendeu Coimbra-B como local para a estação.
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