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Liga Portuguesa Contra o Cancro já realizou mais de 100.000 consultas de Psico-Oncologia
No âmbito do seu III Congresso de Psico-Oncologia, que se irá realizar entre 21 e 23 de novembro, no Hotel Quinta das Lágrimas, em Coimbra, a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) revela que, ao longo de 15 anos, as Unidades de Psico-Oncologia da LPCC realizaram mais de 100.000 consultas e acompanharam 16.500 utentes.
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Com o propósito de discutir e refletir sobre as intervenções psicoterapêuticas que têm vindo a ser desenvolvidas e aplicadas a doentes oncológicos e suas famílias, o III Congresso de Psico-Oncologia da LPCC conta com a participação de oradores nacionais e internacionais de relevo.
Durante três dias vão ser abordados temas como a terapia psicológica adjuvante, terapia focada nas emoções, terapia existencial, terapias de terceira geração, intervenções integrativas, bem como terapias centradas no significado e da dignidade, entre outros.
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Aproximadamente um terço dos doentes com cancro apresenta sintomas clinicamente significativos de perturbação psicológica, nomeadamente perturbações de ansiedade, depressivas e de adaptação. Mais de metade manifesta um acentuado sofrimento emocional capaz de afetar a capacidade para lidar eficazmente com a doença, seus sintomas físicos e efeitos secundários dos tratamentos.
Também em cuidadores, os desafios e tarefas associados ao ato de cuidar podem conduzir a desequilíbrios emocionais, clinicamente significativos, revelando-se fundamental o acompanhamento psicossocial.
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As Unidades de Psico-Oncologia (Upo’s) da Liga Portuguesa Contra o Cancro foram criadas, em 2009, com o objetivo de oferecer uma resposta atempada e de proximidade ao crescente número de doentes e famílias que manifestavam dificuldades na obtenção deste tipo de apoio, ou que de todo não o conseguiam obter, por incapacidade de resposta da grande maioria das unidades hospitalares.
Com o suporte de 61 psicólogos clínicos com formação em Oncologia, as Upo’s vieram oferecer uma resposta totalmente gratuita e complementar ao Sistema Nacional de Saúde, encontrando-se presentes a nível nacional, 56 locais, proporcionando ainda um serviço alternativo de consultas online (teleconsulta).
Estas unidades disponibilizam também apoio especializado a familiares e cuidadores de doentes oncológicos, nem sempre envolvidos nos processos de acompanhamento, incluindo em situações de luto.
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