A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) quer aprovada pelo Conselho Nacional dos Bombeiros a criação de condições para combater fogos em carros elétricos, cuja extinção, sem os meios adequados, demora horas a acontecer, revelou hoje à Lusa o presidente.
Segundo António Nunes, a chegada ao mercado nacional dos carros elétricos trouxe novos problemas aos bombeiros, na sua maioria sem meios para apagar esses fogos.
O Conselho Nacional de Bombeiros (CNB) é um órgão que reúne, para além da LBP, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), a Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais, a Associação Nacional dos Municípios e o Governo.
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“No próximo Conselho Nacional de Bombeiros vamos perguntar qual a estratégia que o Conselho recomenda para estes novos riscos. Porque não são só estes. Este é um caso, mas temos um outro que também está com um grande desenvolvimento, que são os painéis fotovoltaicos”, argumentou o presidente da liga.
Neste contexto, António Nunes quer que o CNB “incorpore os novos riscos na formação e na capacidade do material”.
Nos Estados Unidos existem as mantas ignífugas, que, uma vez colocadas sobre as viaturas a arder, não permitem a entrada de oxigénio e o fogo extingue-se em minutos. O problema está no elevado custo e na rentabilidade, pois custando entre três mil e cinco mil euros apenas podem ser utilizadas uma vez, relatou à Lusa fonte dos bombeiros.
Na Alemanha a opção tem sido o uso de carros-contentores, para onde o carro em chamas é içado e mergulhado na água, ali ficando até o fogo desaparecer, acrescentando a mesma fonte que, neste caso, os “custos são ainda maiores por obrigar a ter um carro preparado, mas em que a rentabilidade é mais atrativa”.
Dada a queda do Governo, segundo António Nunes, não há ainda data para a primeira das duas reuniões anuais do CNB.
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