Economia

Líder do CDS desafia Governo a recuperar Enerpellets. Empresa sofreu prejuízos de 12,5 milhões de euros no incêndio

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 28-05-2018

 

A presidente do CDS-PP desafiou hoje o primeiro-ministro, António Costa, a interessar-se pela recuperação de uma empresa de Pedrógão Grande que sofreu prejuízos de 12,5 milhões de euros no incêndio de 17 de junho de 2017.

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Para Assunção Cristas, “é inadmissível que um ano depois” do fogo, que causou a morte de pelo menos 65 pessoas na região, este e outros casos de unidades produtivas “ainda não estejam resolvidos”.

No final de uma visita à Enerpellets, na freguesia da Graça, a líder centrista disse aos jornalistas que esta fábrica, que empregava cerca de 30 pessoas, está “há cinco meses sem resposta” das entidades do Estado às quais pediu apoio para poder avançar com a recuperação.

Com “doze milhões e meio de euros de investimento perdido”, a empresa “quer fazer um investimento de seis milhões de euros”, salientou, para considerar que se trata de “um mau exemplo” da ajuda do Estado à reabilitação das empresas atingidas pelo incêndio que eclodiu há 11 meses na povoação de Escalos Fundeiros, no município de Pedrógão Grande.

“É inacreditável, um ano depois”, sublinhou, no dia em que o primeiro-ministro, António Costa, visita durante a tarde o mesmo concelho, no distrito de Leiria, para uma reunião com a Associação de Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande (AVIPG), liderada por Nádia Piazza.

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Assunção Cristas lançou “um desafio ao primeiro-ministro” para ajudar a desbloquear a situação da Enerpellets, parada desde a ocorrência da tragédia, e assim “contribuir para a própria dinâmica económica da região” afetada pelos incêndios de junho do ano passado, que ao longo de uma semana devastaram vários municípios vizinhos, nos distritos de Leiria, Coimbra e Castelo Branco.

Antes, a presidente do CDS-PP visitou a serração Progresso Castanheirense, no concelho de Castanheira de Pera, que foi destruída pelo mesmo incêndio, mas já está a laborar quase em pleno.

Na sua opinião, a firma, no lugar da Moita, tem cerca de 50 trabalhadores e constitui “um bom exemplo” de retoma da atividade com ajuda do Estado.

“Os apoios demoraram, mas chegaram”, salientou Assunção Cristas.

Pelo contrário, a Enerpellets está “há um ano parada por uma questão de interpretação das regras” em vigor, lamentou.

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