Coimbra
Licor Beirão lança campanha solidária para apoiar pequenos negócios de restauração
Uma campanha solidária para ajudar pequenos proprietários e trabalhadores de cafés, bares e restaurantes lesados pela pandemia de covid-19 foi lançada pela empresa Licor Beirão, da Lousã, que tem como objetivo angariar mais de um milhão de euros.
“O setor está a passar por uma crise tremenda. Estamos a falar de dezenas de milhar de pequenos negócios e centenas de milhar de pessoas afetadas, sendo que muitos deles não têm estrutura para suportar os custos”, disse hoje à agência Lusa o diretor-geral da empresa do distrito de Coimbra, Daniel Redondo.
O objetivo é criar um fundo que, dentro de dois meses, possa ter reunido mais de um milhão de euros para distribuir pelos mais afetados do setor, que têm de se inscrever numa plataforma ‘online’ criada pelo Licor Beirão.
A empresa – que vai também produzir 20 mil litros de gel desinfetante – vai doar 100 mil garrafas de 20 centilitros, com o valor unitário de três euros, perfazendo 300 mil euros, e incentivar outros produtores de bebidas espirituosas, licorosas, vinhos e cerveja a associar-se à iniciativa.
“Estamos a desafiar outras empresas a associarem-se a nós e a oferecer quantidades de produto para fazermos vendas e conseguirmos criar um fundo para estas pessoas”, adianta Daniel Redondo.
No vídeo promocional da iniciativa, divulgado na página da Facebook da empresa, o diretor-geral salienta que “dezenas de milhares de pequenos cafés, bares e restaurantes tiveram de fechar portas e enfrentam a maior crise de que há memória no setor”.
“Estes locais fazem parte da nossa cultura, são os pontos de encontro regulares com família e amigos e agora precisam da nossa ajuda”, enfatiza Daniel Redondo.
A empresa prevê também a produção de 20 mil litros de gel desinfetante nas próximas três semanas para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e para a rede de supermercados parceiros da marca lousanense.
“Até podemos produzir esta quantidade mais rápido, mas todo o processo vai ser manual, já que não estamos preparados para este tipo de produto, pelo que não sabemos ao certo quando é conseguimos produzir tudo”, referiu Daniel Redondo.
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