Política
Liberais esperam que eleições ajudem a “baixar a crista aos galifões” do Chega
O candidato da Iniciativa Liberal às europeias, João Cotrim de Figueiredo, confessou na quarta-feira à noite que gostava que estas eleições ajudassem a “baixar a crista aos galifões” do Chega.
“Gostava que esta fosse uma eleição em que fosse possível, eu vou usar a expressão baixar a crista aos galifões da política portuguesa, que se enchem de ar quente quando há determinadas evoluções na sua representação eleitoral ou nas suas sondagens e estou-me a referir ao Chega”, afirmou o cabeça de lista da IL aos jornalistas, enquanto convivia com jovens na Praça Gomes Teixeira – popularmente conhecida como Praça dos Leões -, no Porto.
E vincou: “Gostaria de, particularmente, que isso acontecesse”.
O primeiro da lista da IL, que voltou a apontar a abstenção como o seu maior adversário, espera captar os votos das pessoas que “querem construir uma Europa que sirva a mais gente e que volte a ser aquilo que já foi, o tal espaço de paz, prosperidade e liberdade”.
“Se isso coincidir com derrotas de forças mais estatistas à esquerda e à direita fico particularmente satisfeito”, frisou.
Numa noite dedicada aos jovens, em que a IL decidiu estacionar o autocarro da juventude em frente à reitoria e distribuir finos de graça, quem apareceu foi o ex-ministro do Ambiente e da Transição Energética, eleito pelo PS, José Matos Fernandes.
“Sou vizinho deste autocarro, não vim protestar do barulho porque tenho dois aparelhos auditivos que tiro e não me causa problema nenhum”, atirou o ex-governante do PS.
Depois de uma curta conversa com João Cotrim de Figueiredo e, perante a curiosidade dos jornalistas sobre a sua presença numa ação da IL, José Matos Fernandes deixou claro que “passou por ali apenas para dar um abraço a um amigo”.
“Tenho duas camisolas, uma do FC Porto e outra do PS, e nunca me enganei nem numa coisa, nem outra”, contou.
Já o candidato liberal, que não quis revelar o teor da curta conversa com Matos Fernandes, focou-se nos jovens e explicou que vai aos sítios que estes frequentam para lhes explicar a importância das eleições europeias e os incentivar a participar na vida política.
O futuro daquilo que se pode passar em Portugal depende muito daquilo que a Europa conseguir voltar a ser, considerou, sublinhando que o projeto europeu depende dos jovens.
“Se todos os jovens, toda esta nova geração deixar de ter uma mentalidade de ficar à espera daquilo que possa vir da parte de outros, seja do Estado, da família, de alguém que faça por eles e aprenderem a fazer por eles próprios é meio caminho andado para termos uma sociedade muito mais dinâmica e de base liberal”, entendeu.
E o projeto liberal, designadamente as propostas para a economia, é o que vai fazer a Beatriz Martins, de 19 anos, votar IL no próximo dia 09 de junho, confidenciou.
Dizendo que a IL é “essencial para a mudança”, a estudante referiu que Cotrim de Figueiredo “fala para os jovens”.
Já Beatriz Vieira, de 26 anos, e uma das jovens que estava a entregar panfletos enquanto tirava finos, aos quais perdeu a conta, defendeu que a IL tornará a Europa “menos burocrata, mais livre e próspera”.
Em Portugal, as eleições europeias, nas quais serão eleitos 21 dos 720 eurodeputados, realizam-se a 09 de junho e serão disputadas por 17 partidos e coligações: AD, PS, Chega, IL, BE, CDU, Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP.
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