Cidade
Leitão atira-se a Machado
A concelhia do PSD de Coimbra criticou hoje o “tempo perdido” pela Câmara Municipal na reabilitação da cidade, recordando que o atual executivo vem “vangloriar-se” de financiamento conseguido no anterior mandato.
Paulo Leitão, presidente da concelhia do PSD de Coimbra, afirmou que a cidade, um ano após a classificação conjunto histórico de Alta, Sofia e Universidade de Coimbra como Património Mundial, “poderia estar de outra forma – a começar todas as obras e a captar mais turistas”.
O também vereador da Câmara de Coimbra (CMC) recordou que “há cerca de um ano atrás” o anterior executivo, liderado pelo social-democrata Barbosa de Melo, tinha avançado com uma “candidatura de cinco milhões de euros” ao Programa Reabilitar para Arrendar, contando com um empréstimo do Banco Europeu de Investimento de metade desse valor.
“A candidatura não avançou porque perdemos as eleições” para a Câmara, não tendo “poder para contratualizar” o projeto, que previa obras como “a abertura da Avenida Central, a regeneração do Terreiro da Erva e a reconversão da Rua da Sofia” e reabilitação de “um conjunto de imóveis para a habitação”, frisou.
Apesar de admitir que não tem a certeza de que o investimento de 6,9 milhões de euros que o atual presidente da CMC, Manuel Machado, anunciou para a reabilitação da cidade “seja o mesmo”, Paulo Leitão concluiu que “foi um ano perdido” e que o autarca poderia ter utilizado o programa aprovado pelo anterior executivo.
O líder concelhio sublinhou ainda que “os dossiês relativos à reabilitação deveriam ter merecido a prioridade necessária e outra velocidade de execução”.
“Coimbra não pode esperar mais tempo. O PSD apoia as obras que agora a Câmara pretende fazer, mas perdeu-se demasiado tempo em algo que é de uma importância extrema para a regeneração da cidade”, disse à agência Lusa o vereador social-democrata.
Paulo Leitão mostrou ainda a sua preocupação com a necessidade do “arranjo do largo da Sé Velha”, que era um dos compromissos assumidos com a UNESCO, assim como a alteração do regulamento municipal para criar “uma zona de proteção visual” para a zona classificada e envolvente, que “ainda não foi concretizada”.
O presidente da CMC disse à agência Lusa que está em negociação “um empréstimo através do Banco Europeu de Investimento” para financiar metade de uma aposta de 6,9 milhões de euros. A outra metade seria suportada pela CMC, com o objetivo de voltar “a atrair as pessoas para o coração da cidade”, explicou.
Manuel Machado, contactado pela agência Lusa, não quis comentar as declarações de Paulo Leitão.
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