Coimbra
Lançado selo de “estabelecimento seguro” para setor automóvel
A Associação Automóvel de Portugal (ACAP) está a promover um selo de “estabelecimento seguro”, com o objetivo de dar mais confiança aos consumidores, numa altura em que o setor segue a cair 70%.
Num ‘webinar’ promovido pela ACAP e pelo Standvirtual, o secretário-geral da associação, Hélder Pedro, anunciou o lançamento deste selo, à imagem do que acontece por exemplo no turismo, e que permite que a empresa demonstre ao público que assinou um protocolo sanitário, que foi acordado entre o setor e o Governo.
“Vamos lançar uma campanha nas redes digitais para promover o selo para que os clientes ganhem confiança”, indicou, explicando que este selo está limitado aos associados da ACAP, mas dando conta de que existe um “processo muito rápido para os comerciantes que não são associados e que é despachado em 24 horas”, permitindo que adiram à ACAP.
“Fomos um dos primeiros setores a abrir e essa confiança que o Governo nos deu leva a ACAP a querer fornecer esse selo”, indicou Hélder Pedro, salientando, no entanto, a associação não é “uma entidade certificadora”, sendo este processo apenas uma forma de mostrar que a empresa em causa aderiu ao protocolo.
Hélder Pedro indicou ainda que nos primeiros dez dias de maio houve uma queda de quase 70% na venda de ligeiros, em termos homólogos, apesar da abertura dos ‘stands’ no dia 04 deste mês.
Esta queda, reconheceu Hélder Pedro, foi “ainda muito significativa”. “Sempre dissemos que não era uma reabertura na primeira fase que iria levar a uma corrida aos concessionários”, salientou.
Ainda assim o cenário foi melhor em relação a abril, “o que mostra que era importante reabrir o setor”, adiantou.
Em comparação com os primeiros dias de abril, quando se venderam 1.241 veículos ligeiros, em maio o número subiu para 2.226 automóveis.
Antes disso, a ACAP já tinha revelado que o mercado automóvel em Portugal registou uma “queda histórica” de 84,6% em abril, face ao mesmo mês de 2019, tendo sido matriculados 3.803 veículos.
“Nem em fevereiro de 2012, em plena crise financeira internacional, com uma descida histórica de 52,3%, o mercado caiu tanto num único mês como no passado mês de março (-56,6%) e em abril de 2020 (-84,6%)”, referiu a associação em comunicado, no início de maio.
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