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“Kratera” vai passar pelo Teatro Académico de Gil Vicente 

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 07-06-2023

Cratera é a nova criação de André Braga e Cláudia Figueiredo, diretores artísticos da CiRcoLando – Central Elétrica, um centro de criação e residências sediado no Porto. O trabalho na área dos cruzamentos disciplinares caracteriza o percurso desta dupla de artistas, e é no diálogo intenso entre diferentes linguagens artísticas que Cratera volta a situar-se. Foram fundamentais para o projeto as residências artísticas que a equipa realizou no vulcão do Fogo.

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A estreia do espetáculo terá lugar no dia 16 de junho, em Coimbra, no Teatro Académico de Gil Vicente. Depois, o projeto segue em digressão, com apresentações em Lisboa, no São Luiz Teatro Municipal, dias 23 a 25 de junho, no Porto, no Teatro Nacional São João, dias 6 a 9 de julho, e em Aveiro, no mês de outubro. Em 2025, a circulação incluirá apresentações em Loulé e Olot, na Catalunha, no âmbito do festival Sismògraf.

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Seguindo de perto as propostas da Geopoética e de outros autores que trazem o debate das questões ecológicas para um plano mais micro, ligado aos sujeitos, à sua sensibilidade e imaginário, Cratera procura experiências intensas de conexão com a terra que reclamem outras formas de linguagem e lucidez.

A paisagem vulcânica, pela sua forte dimensão telúrica e proximidade à pulsação e respiração da terra, foi o território eleito de indagação, tendo-se decidido focar a pesquisa e parte do processo de criação em Chã das Caldeiras, na ilha do Fogo.

O imaginário associado aos vulcões é imenso e poeticamente muito forte e, neste tempo em que a terra está a fervilhar e em grande ebulição, quisemos evocá-lo e conhecê-lo de perto. Início, fim, profundo, arcaico. Explosivo, intenso, apaixonado, fecundo e ao mesmo tempo arrasador. A ideia de taça, útero, espaço mais ou menos protegido de rumores, de línguas estranhas, de imaginários intemporais, tem qualquer coisa de mítico e fantástico que nos seduz.

Na dramaturgia da paisagem, procuramos trabalhar no encontro entre a respiração topográfica, a etnoficção e os arquivos biográficos inscritos no corpo de cada um.

Com um trabalho assente em diálogos imbricados entre dança, teatro, som e vídeo, CRATERA destina-se a um público maior de 12 anos. A apresentação em Coimbra está marcada para as 21:30, no Teatro Académico de Gil Vicente. Os bilhetes podem ser adquiridos online entre os 7 e os 5 euros com descontos.

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