Economia
Jovens ganham 12 euros por dia para vigiar a floresta
Há cada vez mais jovens a participar no programa Voluntariado Jovem para a Natureza e Florestas, do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), uma forma de ganharem novas competências enquanto cuidam do ambiente e vigiam a floresta na prevenção de fogos.
Segundo os dados facultados ao Jornal de Notícias (JN) pelo IPDJ, “este ano participam 2015 jovens, bastante mais do que em 2019 (1544), 2020 (1752) e 2021 (1853) e ligeiramente abaixo do verificado o ano passado (2028). Há menos 13 voluntários, mas há mais projetos, este ano somaram 267 enquanto que em 2022 ficaram-se pelos 217”.
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“É no Norte e no Centro do país que participam mais jovens. O distrito de Viseu lidera com 343 voluntários, seguido do Porto com 241 e de Vila Real com 205. Depois Braga (170), Setúbal (161), Aveiro (144), Santarém (108) e Bragança (101). Todos os outros têm menos de 100 participantes, sendo que Lisboa é o distrito que apresenta o número mais reduzido, com apenas 22”, refere.
Selene Martinho, vice-presidente do IPDJ, diz ao JN que este ano houve um aumento de dotação financeira do programa, o que “permite apoiar um número maior de projetos, com maior abrangência territorial”. O aumento “deve-se, em grande medida, ao facto de a temática ambiental ser uma das que desperta maior interesse nas camadas jovens da população portuguesa”.
Os projetos deste ano visaram, sobretudo, a sensibilização da comunidade para a preservação da natureza, florestas e respetivos ecossistemas (128 projetos), limpeza e manutenção de parques de lazer (114), vigilância a pé ou de bicicleta (111), economia circular (89) e inventariação de áreas que necessitam de limpeza (61), lê-se na notícia.
Os jovens, segundo a vice-presidente do IPDJ, “continuam a inscrever-se, na expectativa de serem selecionados para os projetos”. Este ano, são 2015 os que participam, mas há “quase 4500 jovens inscritos” na plataforma informática.
Os programas de voluntariado, refere, “têm uma particularidade que é a aquisição de competências transversais e cada vez mais valorizadas na sociedade, através da metodologia da educação não formal”. Os jovens recebem formação e, no final do projeto, “obtêm um certificado de competências, que no caso dos alunos inscritos no ensino secundário, poderá ser anexo ao seu certificado de conclusão da escolaridade obrigatória”, especifica.
O programa representa um investimento, tanto financeiro como a nível do empenho dos envolvidos. Para além da bolsa de 12 euros/dia que os participantes recebem, com vista a ressarcir pequenas despesas com alimentação ou transporte, o programa apoia as entidades promotoras (exceto autarquias e estabelecimentos de ensino) com os custos na gestão dos projetos.
Os objetivos prendem-se por prevenir os incêndios florestais e outras catástrofes com impacto ambiental, sensibilizar para a preservação da natureza e para práticas que promovam a descarbonização da sociedade
A iniciativa decorre este ano entre 10 de abril e 15 de novembro.
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