Há três anos, José Manuel Silva tinha duas inclinações, politicamente falando, mas, hoje em dia, já sabe de qual gosta mais.
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Ao candidatar-se à presidência da Câmara Municipal de Coimbra, em 2021, o médico, apoiado por uma ampla coligação onde avulta o PSD, deu um dos lugares do pódio a Ana Bastos. A par dele, ela tinha sido eleita vereadora em 2017 com o patrocínio do movimento “Somos Coimbra”.
A autarca, que acaba de ignorar um reparo do PSD sobre a impertinência de uma intervenção na ponte-açude de Coimbra, cometeu um erro de cálculo, politicamente falando.
Para espanto dela, Silva tirou-lhe o “tapete”. José Manuel apressou-se a pôr em prática a suspensão dos trabalhos – algo que ela rejeitara – perante a necessidade de esvaziar o rótulo de vereadora “do caos”, colado pelo PS a Ana Bastos.
Depois de ter posto em xeque a autarca, a meio da semana passada, o PSD/Coimbra ganhou mais do que a terminação na lotaria da política e, esta segunda-feira (29), felicitou o presidente da CMC pela sua intervenção.
Bastou o PSD espirrar, a um ano da próxima eleição autárquica, para o médico dar baixa à vereadora.
OPINIÃO | RUI AVELAR
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