Política

José Manuel Silva em risco de não ser apoiado na recandidatura pelo PSD

Notícias de Coimbra | 1 hora atrás em 12-02-2025

José Manuel Silva, presidente da Câmara de Coimbra, acaba de divulgar ter sido acusado pelo Ministério Público, situação que põe em risco o apoio do PSD à sua recandidatura.

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

publicidade
publicidade

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

publicidade

O arguido, que pode requerer a abertura de instrução na expectativa de reverter a decisão da entidade titular da acção penal, está acusado no âmbito de um inquérito atinente à sua antiga condição de bastonário da Ordem dos Médicos (2011-2016).

José Manuel Silva terá auferido receitas inerentes ao uso de viatura própria, autorizado pelo Conselho Nacional Executivo da Ordem do Médicos, apesar de parte das viagens terem sido efectuadas de comboio.

O secretário-geral do PSD, Hugo Soares, proclamou, na semana passada, que militantes do partido acusados, recentemente, num processo a correr os seus trâmites em Lisboa, não voltarão a ser candidatos a juntas de freguesias.

Sob o título “Acusado por andar de comboio”, o autarca publicou, esta quarta-feira, através do Diário de Coimbra, um artigo de opinião em que anuncia ter sido alvo de dedução de acusação pelo MP.

A inusitada divulgação só foi possível na medida em que a magistrada da entidade titular da acção penal titular do inquérito está desde 03 de Fevereiro sem autorizar o jornalista Rui Avelar a consultar os autos. Ora, o requerimento para consulta não pode ser indeferido a partir da data de dedução de acusação.

Há nove dias, o requerente disse à procuradora estar certo que ela compreenda “a ousadia de lhe fazer notar a pertinência do encerramento do inquérito – consista o correspondente despacho em arquivamento ou em dedução de acusação – para que seja feita Justiça”.

“Estamos a menos de oito meses das próximas eleições autárquicas, com o arguido na iminência de se recandidatar à liderança do Município de Coimbra; neste contexto, é desejável que os munícipes votem com o respaldo da douta decisão da entidade titular da acção penal”, alegou o jornalista.

Esta quarta-feira, Rui Avelar comunicou à magistrada do MP “estranhar e lamentar a demora (…) em deferir a pretensão do requerente”.

“O interesse público é consentâneo com uma notícia da autoria de um jornalista, não estando acautelado com divulgação feita pelo arguido, por mais respeitável que seja o seu ponto de vista”, disse, hoje, o jornalista à procuradora.

Related Images:

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE