Coimbra
José Manuel Silva diz que “temos de honrar as Misericórdias e a verdadeira fundadora do SNS”
O presidente da Câmara Municipal de Coimbra defendeu hoje que a história das Misericórdias portuguesas deve ser honrada, bem como a sua fundadora, a Rainha D. Leonor, que diz ser “a verdadeira fundadora do Serviço Nacional de Saúde”.
“Temos de honrar a história das Misericórdias e não esqueçamos que a sua fundadora, a Rainha D. Leonor, é a verdadeira fundadora do Serviço Nacional de Saúde, porque o primeiro Serviço Nacional de Saúde são as Misericórdias portuguesas”, sustentou José Manuel Silva.
Na sessão de abertura do Dia do Património das Misericórdias, assinalado hoje em Coimbra, o autarca considerou que “a República, às vezes, gosta de esquecer um pouco a história das monarquias”.
“Mas a história da Monarquia deve-nos orgulhar, honrar, e devemos recordar o que foi feito pela fundação da nacionalidade. É com muito prazer e satisfação que nós em Coimbra celebramos, a 05 de outubro, a Monarquia e a República: a fundação da nacionalidade portuguesa e o primeiro dia em que D. Afonso Henriques usou o título de Rei”, referiu.
Segundo José Manuel Silva, Coimbra respeita as duas datas e as duas épocas por igual.
“A 05 de outubro de 1143 fundou-se verdadeiramente o Reino de Portugal e em 05 de outubro de 1910 passou a República. Por isso, assinalamos a 05 de outubro a Monarquia e a República Portuguesa”, alegou.
Na sua intervenção, o autarca destacou o serviço social e também cultural prestado pelas Misericórdias, ao longo de mais de 500 anos de existência.
A sessão de abertura contou também com a intervenção do presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), Manuel de Lemos, que aludiu à continuidade do Fundo Rainha D. Leonor, criado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
“A nossa preocupação era saber se ia continuar e estou em condições de garantir que este fundo vai continuar. Vamos ver em que moldes e dimensão”, disse.
Já a secretária de Estado da Cultura, Isabel Cordeiro, aproveitou para enaltecer a importância do trabalho das Misericórdias portuguesas ao longo de cinco séculos de trabalho “ao serviço do bem-estar da sociedade”.
Isabel Cordeiro deixou ainda o apreço do Ministério da Cultura pelo trabalho que a União de Misericórdias Portuguesas vem desenvolvendo e que “tem procurado defender, valorizar o património cultural das Santas Casas, de forma continuada e de norte a sul do país, equiparando a importância da defesa e salvaguarda da sua cultura e património às outras notáveis áreas de ação”.
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