Coimbra
Jogos Universitários não encheram hotéis de Coimbra
A taxa de ocupação na hotelaria portuguesa recuou 2,3 pontos percentuais em julho face ao mês homólogo, para 80%, mas o preço médio por quarto ocupado aumentou 11%, para 117 euros, divulgou hoje a associação setorial.
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Segundo o indicador mensal ‘Tourism Monitors’ da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), em julho, o Algarve foi o destino que registou uma melhor performance no preço médio por quarto ocupado (ARR), com 162 euros, seguido do Estoril (131 euros) e de Lisboa (125 euros).
No mês em análise, o preço médio por quarto disponível (RevPAR) cresceu também a dois dígitos, 12%, para os 94 euros, destacando-se, em termos relativos, o crescimento de 31% em Coimbra, de 23% do Alentejo e de 19% em Lisboa.
O “crescimento expressivo” em Coimbra (mais 10,7 pontos percentuais para 80%) pode estar relacionado com a realização dos Jogos Europeus Universitários, mas o evento europeu não esgotou a capacidade dos hotéis da cidade.
Por destinos turísticos, Lisboa (97%), Açores (85%) e Algarve (84%) registaram as taxas de ocupação quarto mais elevadas, tendo-se verificado quebras da taxa de ocupação nas categorias cinco, quatro e três estrelas.
Pela negativa, a AHP destaca a “quebra significativa” da taxa de ocupação em Leiria/Fátima/Templários (menos 9,7 pontos percentuais para 53%), na Madeira (menos 9,2 pontos percentuais para 81%) e nos Açores (menos 5,6 pontos percentuais para 85%).
Pelo segundo mês consecutivo, a categoria três estrelas foi a que registou um maior crescimento no preço médio por quarto ocupado (ARR) e no preço médio por quarto disponível (RevPAR), de 20% e 16%, respetivamente.
“Dos 14 destinos analisados pelo ‘Hotel Monitor’, nove apresentaram resultados negativos na taxa de ocupação e um estagnou neste indicador. A boa notícia vem de um crescimento muito expressivo neste indicador nos destinos do interior neste mês”, refere a presidente executiva da AHP, citada num comunicado.
Segundo Cristina Siza Vieira, “nos destinos ‘Sol e Mar’ esta queda já era prevista, com um mês de julho frio, o mais frio desde 2000, levando a que parte dos mercados norte-europeus ficasse ‘em casa’”, numa tendência sentida também nos “destinos balneares em Espanha”.
“Há no entanto a sinalizar que o preço médio cresceu muito em todos os destinos em termos homólogos, situação que fez crescer o RevPAR, a nível nacional, em 12%”, acrescenta.
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