Coimbra
João Paulo Craveiro apresenta em Santarém a experiência da Sociedade de Reabilitação Urbana de Coimbra
A Associação Empresarial da Região de Santarém quer juntar as empresas da fileira da construção para que apostem na regeneração urbana, procurando respostas para a degradação dos territórios e oportunidades para as empresas, disse a sua presidente.
Salomé Rafael apresenta hoje o projeto “RegeneraPolis – uma oportunidade de desenvolvimento económico” numa sessão, em Santarém, aberta às empresas e na qual participam o ex-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional da Região de Lisboa e Vale do Tejo António Fonseca Ferreira e os secretários executivos das comunidades intermunicipais da Lezíria, António Torres, e do Médio Tejo, Miguel Pombeiro.
A presidente da Nersant disse à agência Lusa que o objetivo da sessão é, por um lado, dar a conhecer o trabalho que está a ser feito pelas comunidades intermunicipais no âmbito da regeneração urbana, nomeadamente através da criação das Áreas de Reabilitação Urbana (ARU), e analisar a possibilidade de criação de algum fundo para financiamento das intervenções aproveitando o novo Quadro Comunitário de Apoio.
A criação de um cluster, que reúna empresas de toda a fileira, vocacionado para a regeneração urbana, a introdução de novas tecnologias, práticas e processos, e uma bolsa de concursos a obras nacionais e internacionais nesta vertente, são outras possibilidades em análise, disse.
Sublinhando que a Nersant promoveu uma primeira sessão para divulgação do programa europeu destinado à reabilitação urbana Jessica, Salomé Rafael disse à Lusa que chegou a altura de relançar “uma temática que é da maior importância”.
“Deixou-se, e bem, a construção expansiva. É preciso reabilitar as cidades e as instalações devolutas, urbanas e industriais, que podem ser reaproveitadas”, disse, frisando que é importante que os empresários do setor conheçam o que está definido nas zonas de intervenção das ARU.
Salomé Rafael referiu a necessidade de aproveitar o trabalho de campo feito pelas comunidades intermunicipais – na sessão de hoje é apresentado, pelo presidente da Coimbra Viva SRU, João Paulo Craveiro, a experiência da Sociedade de Reabilitação Urbana de Coimbra -, tendo em conta que as empresas do setor da construção se encontram numa fase crítica.
“Este projeto poderá determinar uma nova fase” para as empresas e uma oportunidade de desenvolvimento económico, afirma um documento da Nersant sobre o RegeneraPolis.
O projeto visa a criação de um cluster de empresas da fileira da construção civil para a regeneração urbana, elaborar e divulgar instrumentos de apoio às empresas, nomeadamente, instrumentos que disseminem práticas e processos, novas tecnologias e técnicas emergentes, com identificação de mecanismos de financiamento para a reabilitação urbana já existentes.
A criação de uma Bolsa de Concursos a Obras de Construção nacionais e internacionais nesta área, a mobilização do acesso a outros instrumentos de financiamento, que poderá passar pela criação de um fundo de ativos para financiamento da regeneração urbana, a criação de dinâmicas empresariais em torno do espírito de cooperação, com vista à revitalização dos centros das cidades, e encarar a regeneração urbana como uma oportunidade de negócio são outros objetivos apontados.
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