O partido Alternativa Democrática Nacional (ADN) realizou na tarde de sexta-feira, 11 de abril, uma ação de protesto em Condeixa-a-Nova, denunciando o que considera ser “um ataque à biodiversidade e ao património natural” da freguesia de Ega.
Em causa está a instalação de três parques fotovoltaicos que, segundo o partido, terão um impacto ambiental devastador.
A iniciativa contou com a presença de Joana Amaral Dias, cabeça de lista pelo círculo de Lisboa às eleições legislativas.
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A dirigente política manifestou-se contra a destruição prevista de uma vasta área de floresta mediterrânica. “A eventual construção, além de abater mais de mil sobreiros, irá destruir uma mancha de 40 mil carvalhos”, afirmou, alertando para o risco de desaparecimento de “um bosque mediterrânico que abriga uma diversidade biológica notável, com espécies de flora como medronheiros, carrascos, sanguinhos, pilriteiros e gilbardeiras, que sustentam centenas de espécies de fauna”.
O projeto foi aprovado pelo Governo, sendo classificado como de interesse nacional, mas o ADN acusa o executivo de ter ignorado os interesses e as preocupações das populações locais. “Foi aprovado à revelia dos interesses das populações locais”, acusa o partido, exigindo “transparência e defesa do interesse público”.
Joana Amaral Dias foi clara na sua condenação: “Isto é absolutamente inaceitável. Eu estou certa que seria possível encontrar outros terrenos e outros espaços para construir uma central fotovoltaica que não necessitasse de fazer este herbocídio.”
A candidata lembrou ainda os números alarmantes da destruição ambiental provocada por projetos semelhantes: “Em Portugal, nos últimos anos, já vamos a caminho dos 100 mil sobreiros que foram arrasados e 270 mil azinheiras, justamente com estes fitos de construir centrais fotovoltaicas e outros que tais”.
Criticando aquilo que considera ser uma ilusão ecológica, acrescentou: “Ao fim e ao cabo, não passam daquilo que se designa greenwashing, ou seja, tentar convencer os portugueses e os europeus que as energias renováveis são a salvação do planeta”.
O ADN anunciou ainda medidas legais para contestar o avanço do projeto. “Vamos interpor uma providência cautelar justamente porque contestamos o estatuto de prioridade de utilidade pública que foi dado ao abate destas árvores”, declarou Joana Amaral Dias.
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