Desporto
JES quer que Académica lhe pague 2 milhões!
A direcção presidida por Paulo Almeida, não tem tido a vida facilitada. Depois de um início de época turbulento em que foi necessário reduzir drasticamente as despesas do plantel para a Académica “não fechar as portas”, socorrendo-se de um polémico processo de despedimento colectivo e tendo aderido ao PERES para regularizar as avultadas dívidas que a Académica tinha com o Estado – o que implicou a venda da antiga sede do Clube -, sabe-se que no dia em que a Académica venceu por 2-0 o Covilhã e se aproximou da subida à 1.ª Liga, José Eduardo Simões deu entrada no Tribunal de Coimbra a uma acção onde reclama 2 milhões de euros ao clube que liderou durante mais de uma década.
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NDC questionou a direção da Académica que a esta hora da manhã disse que ainda não tinha sido citada, “razão pela qual não comenta a acção do seu ex-Presidente. “Neste momento estamos focados no exigente campeonato da 2.ª Liga e no êxito desportivo da Académica. Lamentamos a desestabilização sistemática na Académica sobretudo vinda de quem a deixou na maior crise desportiva, associativa e financeira de sempre”, foi a única frase que conseguimos arrancar a Paulo Almeida.
O NDC conseguiu porém apurar que a direção de Paulo Almeida, quando foi interpelada para pagar os 2 milhões pelos advogados que o Engenheiro foi buscar a Leiria, respondeu informando da realização de uma auditoria e na necessidade de aguardar pelos resultados da mesma.
JES não quis aguardar. Dinheiro reclamado poderá ter origem na corrupção?
O último comunicado da Académica refere que JES já declarou às autoridades no processo crime em que foi condenado por corrupção, que o dinheiro não era seu.
Antevê-se agora um novo escrutínio aos valores que JES fez circular pela Académica à data em que também era diretor na Câmara de Coimbra. Será que é desta que vamos ficar a saber se este dinheiro tem alguma coisa a ver com aquele que os empreiteiros deram ao Engenheiro e que esteve na origem da condenação por corrupção?
Pendente no Ministério Público está já o caso Eder, onde alegadamente o ex-presidente José Eduardo Simões terá assinado uma procuração, quando já não era Presidente, impedindo a Académica de receber dinheiro da transferência do jogador Ederzito. Em causa podem estar os crimes de falsificação de documentos, burla qualificada e abuso de confiança.
Luta contra a corrupção na agenda da actual direcção da AAC/OAF
Na última Assembleia da Liga, a Académica, apresentou as suas propostas de alteração aos Estatutos e aos Regulamentos, tendo em vista uma maior salvaguarda dos princípios da ética e da protecção do bom nome do futebol profissional. Quanto às alterações Estatutárias, Paulo Almeida propôs uma norma nos Estatutos da Liga que dê dignidade Estatutária ao combate à corrupção, prevendo-se a perda de mandato nos órgão da Liga para todos aqueles que seja, punidos por infracções de natureza criminal, contraordenacional ou disciplinar em matéria de violência, dopagem, corrupção.
A direcção da Académica tem também diligenciado em contatos com a Procuradoria da República, Governo e partidos políticos uma vez que está pendente para discussão na Assembleia da República diploma sobre a responsabilidade penal por condutas antidesportivas.
Coimbra – Tribunal Judicial da Comarca de Coimbra
1 Processos encontrados
Número Entrada | Datas | Partes | Unidade Orgânica | Processo | Espécie e Observações |
3083883 | Entrada: 15/02/2017 Distribuição: 16/02/2017 |
Autor:Jose Eduardo da Cruz Simões Réu: Associação Académica de Coimbra/Organismo Autónomo de Futebol |
Juízo Central Cível de Coimbra – Juiz 1 | 1233/17.6T8CBR
Valor: |
Ação de Processo Comum Entrega Electrónica – Refª 24912365 |
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