O líder comunista defendeu hoje a estabilidade governativa da atual legislatura, de acordos inéditos entre PS, BE, PCP e PEV, criticando o homólogo socialista por citar o exemplo espanhol ou eventuais crises económicas para atingir a maioria absoluta.
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“É ver como se vem agitando o fantasma da instabilidade governativa, deitando mão ao que na casa do país vizinho se passa, para insinuar a necessidade de uma maioria absoluta. A quem agita tal fantasma, nós poderíamos perguntar. Faltou estabilidade nestes últimos quatro anos de avanços na vida dos trabalhadores e do povo? Não faltou! Então porque se agita tal fantasma? Se é para avançar e não andar para trás destabilizando a vida dos trabalhadores e das populações, o que se teme?”, questionou Jerónimo de Sousa.
O secretário-geral do PCP discursava em comício vespertino no Teatro Municipal Garcia de Resende, em Évora, e “alvejou” maioritariamente o primeiro-ministro, António Costa.
“Ou será que o que se quer é regresso à estabilidade da paz podre do pântano da bipolarização, do vira-o-disco-e-toca-o-mesmo, ou seja, da alternância sem alternativa, de PS e PSD, com ou sem CDS de permeio? A estabilidade da política de direita que garante a estabilidade em cima, dos poderosos, para infernizar a vida dos trabalhadores e do povo”, continuou.