Coimbra
“Já estava com saudades de uma feira ao ar livre”
Mais de uma dezena de artesãos participam este domingo, 16 de abril, na 1.ª edição da “Montra de Artes & Ofícios”. Um evento promovido pelo município de Coimbra, em parceria com a Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra e CEARTE, e que tem como objetivo dar a conhecer “o património cultural material e imaterial de Coimbra e da região, nas suas diferentes práticas e expressões artísticas”.
Na rua Ferreira Borges, é possível encontrar profissionais a trabalhar ao vivo – tecelagem de Almalaguês, artefactos de madeira, cestaria, mantas de trapos e pintura de cabaças, entre outras áreas -, bem como conhecer o trabalho de artesãos que, através de restos de madeira, fazem peças únicas ou, até mesmo, quem faças postais “pop-up”.
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Cila Almeida trabalha no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e, nos tempos livres, dedica-se a realizar este tipo de postais. Antes da formação no CEARTE, esta artesã fazia apenas ilustrações digitais em sebentas. “A partir daí, não parei, pois isto é uma descoberta constante”, afirmou ao Notícias de Coimbra. Questionada sobre a realização deste tipo de iniciativas, Cila Almeida felicitou a organização pois “já estava com saudades de uma feira ao ar livre”. “Estou a adorar o contacto com as pessoas e com os turistas”, frisou.
Perto do Arco de Almedina, as irmãs Milu e Alda Marcelino mostram os seus trabalhos feitos em tecelagem de Almalaguês. Mas era o trabalho no tear que concentrava a atenção dos clientes e turistas que passavam na Baixa. Para além de perceber o que estava a ser feito, não perderam a oportunidade de tirar uma foto ou, até mesmo, gravar um pouco do trabalho. Para além dos panos feitos em bordado, as irmãs deram conhecer algumas das inovações deste tipo de artesanato que começa a ter cada vez menos pessoas a trabalhar.
Leonilda Silva viajou de Vila Nova de Poiares. De agulha de tricô na mão, estava a fazer uma pequena saca em trapos para transportar um telemóvel. O pedido foi feito na feira por uma cliente e, no caso, estava a ser feito em linha, mas “também posso fazer em lã, em trapos ou farrapos”. A artesã é a única a nível nacional a fazer mantas de trapos. Uma autêntica “obra de arte” que, na altura em que deixar de trabalhar nesta área, deixará de ser vendida nas feiras a nível nacional.
A Montra de Artes & Ofícios decorre este domingo até às 19h00. Mas já estão marcadas novas edições até ao final do ano: 21 de maio; 18 de junho; 16 de julho; 20 de agosto; 17 de setembro; 15 de outubro; 19 de novembro e 17 de dezembro.
Carregue na galeria e conheça os trabalhos em exposição na Baixa de Coimbra
Veja o Direto NDC com Milu e Alda Marcelino com a tecelagem de Almalaguês
Veja o Direto NDC com Cila Almeida, de “Historiar Imagens”
Veja o Direto NDC com Leonilda Silva, artesã de Vila Nova de Poiares
Veja o Direto NDC com Luís Cunha, da Raiz do Vale
Veja o Direto NDC com a cliente Regina Pinto
Veja o Direto NDC com a animação da K & Batuna da ESEC na Baixa de Coimbra
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