Educação

ISEC forma docentes de São Tomé e Príncipe

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 26-08-2022

O Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC) iniciou esta semana um projeto de formação em ciências informáticas para 10 professores de São Tomé e Príncipe, numa parceria com a universidade daquele país lusófono.

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“A ideia é ter os professores santomenses habilitados para iniciarem as aulas de educação tecnológica com as crianças já no próximo ano letivo”, afirmou hoje Mário Velindro, presidente do instituto de ensino superior português.

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Ministrado por dois formadores nacionais, que se encontram em São Tomé e Príncipe, o curso intensivo de especialização tem a duração de 15 dias e vai preparar dez professores para lecionarem aulas de iniciação à informática a 600 crianças do ensino básico no próximo ano letivo, que começa já em setembro.

O projeto liderado pelo ISEC foi um dos cinco programas sociais, entre mais de cem concorrentes, que venceram um concurso de responsabilidade social lançado pela companhia petrolífera British Petroleum (BP), que apoia o projeto com 270 mil euros.

“Este programa tem como objetivo preparar alunos do ensino básico para criarem conceitos matemáticos e computacionais básicos, através de programas informáticos de uso comum”, salientou Mário Velindro.

O presidente do ISEC salientou que, “num mundo cada vez mais digital, importa dotar as crianças desde muito cedo com competências digitais, para que estas sejam bem-sucedidas, tanto ao longo do seu percurso escolar, como, mais tarde, no mercado de trabalho”.

Segundo o dirigente, os dez professores africanos estão a ser formados de acordo com conteúdos programáticos desenvolvidos e selecionados pelo ISEC e pela Cooperativa ME, sua parceira, “que se dedica ao setor social e educativo e da qual são oriundos os dois profissionais que estão a dar formação em São Tomé”.

Para Mário Velindro, a iniciativa vai ao encontro de um dos grandes objetivos do ISEC, que é “reforçar a sua internacionalização”.

“Correndo bem esta parceria com a Universidade de São Tomé e Príncipe – como acreditamos que irá correr – será depois mais fácil replicá-la com outros parceiros de países lusófonos, com os quais temos a vantagem de falar a mesma língua”, realçou.

O ISEC está também a desenvolver projetos de capacitação em Angola e em Cabo Verde, que vão proporcionar a mobilidade de estudantes e de docentes, bem como o desenvolvimento conjunto de projetos de investigação e de capacitação.

“Desta forma, estaremos a colocar o conhecimento produzido e desenvolvido nos nossos departamentos ao serviço da sociedade portuguesa e das sociedades dos países lusófonos”, sublinhou Mário Velindro.

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